SEM VONTADE
Acordei hoje sem vontade de fazer alguma coisa - muito menos trabalhar - mas o dever me chamava: oito aulas. Quatro aulas eram de preparação pra o Vestibular (e o assunto era: interpretação de textos/imagens); duas aulas eram sobre crônica (leitura e interpretação também)/ e as outras duas aulas eram de Inglês (para os iniciantes). E lá fui eu...
No final da sexta aula estava super feliz - apesar dos problemas. A minha felicidade se dava pelo fato de os alunos realizarem os seus trabalhos: leitura de quatro crônicas - preparação pra o Vestibular ("Avô e neta", de José Carlos Oliveira; "Comunicação", de Luís Fernando Veríssimo; "Kni e Giv", de Carlos Eduardo Novaes; e "Para uma garota de quinze anos", de Lourenço Diaféria) - e responder às questões solicitadas. Acrescido a essas crônicas uma fotografia de Sebastião Salgado que retrata sacas de café em primeiro plano e, ao fundo, homens carregando-as (um trabalho árduo, pesado, de baixa remuneração). Riquezas concentram na mão de poucos - miséria por todo lado! Ah, meu Deus!
À tarde, com os meninos/as iniciantes do Inglês, trabalhamos as cores (desenhos) e horas (numerais até sessenta). Não sou um exímio desenhista, mas cada desenhista tem os seus traços p e os meus , por sinal, são péssimos.
Notei, porém, que uma parte do alunado espera muito do professor - isto é, esperam tudo pronto; não gostam de raciocinar. A resposta para eles é sim ou não, não existe a justificativa. Por que será que quando cobramos explicações (comprovação partindo do texto) não conseguem ou sentem dificuldades? Onde está o erro? Há erro? Ou é preguiça mental? (Pois, quando os 'forçamos', fazem.)
Fechando essas linhas (para começar a corrigir a interpretação dos textos) lembro que também fui assim - mas nem tanto. Será que as novas gerações vão ser sempre assim?
23 de Junho de 2008.
Prof. Pece - Pedro César Alves
Araçatuba / SP - Brasil