RELATIVAMENTE CAPAZ

Descartes, Galileu, Newton. Albert Einstein, Riemann, Faraday, Maxwell. Salve todos eles!

Os conceitos científicos são interdependentes e con-seqüenciais. O conceito lógico-matemático é um continente sem conteúdo. Vejamos um balde=continente. O conteúdo, no momento do cálculo para verificar a capacidade de massa ou líquido que a vasilha comporta, é inexistente, há um vazio. Arma-se o problema, efetua-se a cálculo, chega-se ao resultado, mas ainda assim o balde está vazio. O líquido é hipotético.

Quando entra a imaginação, o extralógico da intuição, faz-se a analogia e eis que o conteúdo se acomoda no continente. Como estou dando voltas para achar o caminho, este meu ensaio pode ter mais erros do que acertos. O cientista é um imaginativo ousado. É, portanto, um artista, um criacionista que tem fascinação pelo seu trabalho. É naturalmente detalhista, perfeccionista, persistente e incansável. Quase todos eles podem ser enquadrados no Tipo I do Eneagrama. Não vou detalhar aqui. O estudo é profundo. Navegar em águas rasas pode nos levar ao encalhe...

Vamos ver a indução e a dedução. Os primeiros cientistas usavam quase exclusivamente o método indutivo. São processos de análise e conclusão científico-lógicos, já que o sufixo ção, formador de substantivos, está presente em ambas. Cion, tion; duc é a raiz de ducto, canal, via. Vê-se que o in e o de, prefixos latinos, fazem toda a diferença. In=por meio de; de= através de. Inducere, deducere. Indução=introdução, condução; de fatos particulares tira-seuma conclusão genérica. Deduzir=enumerar minuciosamente, tirar de fatos ou princípios, diminuir, subtrair, inferir. Observar e atentar. De repente o insight, o clarão captante do insondável, que não mais é. A simultaneidade é o continuum, a inseparabilidade de Tempo e Espaço. A quarta dimensão é o Tempo. Este foi a brilhante conclusão de Albert Einstein na elaboração daTeoria da Relatividade. O seu Eureka!

Na geometria de Euclides, quando se projeta no espaço um quadrado, com largura e altura, no caso desta figura, lados iguais, puxam-se as arestas e acha-se a profundidade. Aí estão as três dimensões e pode-se calcular o volume em metros cúbicos.

Com a lei da propagação da Luz, a Eletrodinâmica, pôde-se provar que o éter e o espaço físico são uma única e só coisa. Os físicos antes, inclusive Newton, acreditavam ser o espaço físico rígido e homogêneo. Mas Leonardo da Vinci já afirmara que o Sol está parado no Cosmo. Il sole non si move! O gênio escreveu isto em letras enormes no seu livro. Ele pesquisou em vez de amar, pois amava o conhecimento. O éter é volátil, contrátil e retrátil, ocupa o espaço e passa a ser o espaço. Nesta física do continuum só existe o AGORA no mundo dos fenômenos, pois o espaço vira tempo e vice-versa, estruturado, absoluto. Este é o ir-e-vir, o antevir e o devir. A eletrodinâmica e a propagação da luz reduziram o fenômeno tempo-espaço em ENERGIA. O conceito de Agora foi, atualmente, muito banalizado.

O Tao, o Yin, o Yang. Neste ano de 2008 estamos lidando com o Infinito duas vezes. O oito expresso e os dois zeros. Na conecção de um com o outro está o eixo do Tao, a simultaneidade, o continuum, a intercomunicabilidade ininterrupta. O dois, no sistema binário da linguagem do computador, é o lembrete, o recurso mnemônico, e se ousa adentrar no infinitamente Amplo e Profundo. Aí Einstein presta seu preito comovido a Johannes Kepler, que chama de notável e impávido. Kepler consagrou anos a fio, com todas as suas forças, num trabalho obstinado e imensamente complexo: o movimento dos planetas e as leis matemáticas que o expressam. Ele deu continuação à causa da Ciência ao pegar as teorias de Copérnico, um cérebro privilegiado. Assim vemos o microcosmo no Macrocosmo e a interação dos gênios na simultaneidade, o eterno Continuum. VV 14/06/08

Berenice Heringer

Berenice Heringer
Enviado por Berenice Heringer em 23/06/2008
Código do texto: T1047194