Um Momento Diferente...

Hoje fiz algo diferente e, confesso, fiquei impressionada com o resultado. Explico: estava na \"pracinha\" que tem aqui perto de casa, esperando uma amiga. Enquanto aguardava, sentada no banco, fiquei observando as pessoas que passavam por ali. Nunca tinha feito isso antes e achei que não seria errado observar os outros.

- Será que é?

Bom, mesmo assim eu fiquei lá e a primeira pessoa que observei, foi uma mulher com um vestido florido, cheia de sacolas de supermercado, e fiquei pensando se ela morava longe, pois pelo jeito as compras estavam pesadas. Logo depois um casal que, pelo jeito já passara da fase boa do relacionamento, pois ele andava uns dez metros à frente da mulher.

É engraçado como o tempo acaba afastando algumas pessoas daquela paixão e companheirismo, se bem que, neste caso, seria bem melhor dizer: falta de cavalheirismo. Ele, na sua total falta de gentileza, parecia estar sozinho, enquanto a mulher quase corria para acompanhar seus passos. E lá se foram eles, ela conversava mesmo à distância, se ele ouvia, não sei.

Passaram, na frente, também, alguns meninos de bicicletas, um homem de chapéu preto que andava quase correndo – o que denotava que estava com muita pressa. Eu permaneci ali. Ainda faltavam alguns minutos da hora que tinha marcado com minha amiga e então, como já tinha começado a \"brincadeira\", continuei a observar:

Uma mulher com um carrinho de bebê e, dentro, um bebê, pois ele chorava. Não sei se fiquei com pena da criança que chorava – devia ter algum motivo – ou da mãe que fazia de tudo para acalmá-la, sem sucesso. E, assim, entre choros e tentativas de consolos, ela, a mãe, continuou empurrando o carrinho pela calçada.

Mas não podia deixar de observar um casal, alguns metros à minha frente, sentados no banco e conversando muito, com muitos sorrisos, e troca de carinhos, apaixonados – bom, pelo menos terminei bem. O amor ainda existe, pensei.

Nesse momento eu ouvi minha amiga me chamando, lá no carro. Quando eu entrei, contei-lhe sobre a experiência. Para variar, ela me chamou de maluca, mas eu gostei de ter participado, como observadora, de cotidianos de tantas pessoas distintas e atitudes diferentes!