Tímida e espalhafatosa
"Os Quatro Gatos" ficava bem perto de casa e era, de toda Barcelona, um dos meus lugares preferidos... Dragões de pedra vigiavam a fachada encravada num cruzamento de sombras, e seus lampiões a gás congelavam o tempo e as lembranças. Lá dentro, as pessoas se fundiam no eco de outras épocas. Contadores, sonhadores e aprendizes de gênio compartilhavam a mesa com os fantasmas de Pablo Picasso, Isaac Albeníz, Federico García Lorca ou Salvador Dalí. Alí, qualquer pobre-coitado podia sentir-se por alguns minutos uma figura histórica, pelo preço de um expresso"
O trecho é do brilhante livro de Carlos Ruiz Zafón "La sombra del viento" e descreve "Els Quatre Gats" em catalão como tudo em Barcelona, um bar que continua lá. Outro que faz parte desse virtual " clube dos anjos" e que certamente vem ao bar para um café é Antoni Gaudi.
Só que nem tente ir entre 3 e 5 da tarde. Esse é o horário em que Barcelona se acalma para a siesta. Fora desse intervalo, a cidade pulsa apressada pelas Ramblas, com sua infinidade de cafés e vida. Essa rua é a mais famosa da Espanha e leva da Plaça da Catalunya ao Monument a Colom, o nosso conhecido Cristóvao, aquele.
Em Barcelona, como em quase toda a Espanha, conspira-se: o Madri e seus galáticos, a língua, o governo central, mas não contra a Espanha.
Montjuic lá em cima, La Pedrera e a infinidade de " palaus" cá embaixo mas temos pouco tempo e Barcelona merece muito mais.
Vamos no sentido oposto ver mais de perto as torres ousadas e espalhafatosas traçadas por Gaudí. Que me desculpe o compositor baiano, mas a " Sagrada Família" não tem nada de tímida.
"Os Quatro Gatos" ficava bem perto de casa e era, de toda Barcelona, um dos meus lugares preferidos... Dragões de pedra vigiavam a fachada encravada num cruzamento de sombras, e seus lampiões a gás congelavam o tempo e as lembranças. Lá dentro, as pessoas se fundiam no eco de outras épocas. Contadores, sonhadores e aprendizes de gênio compartilhavam a mesa com os fantasmas de Pablo Picasso, Isaac Albeníz, Federico García Lorca ou Salvador Dalí. Alí, qualquer pobre-coitado podia sentir-se por alguns minutos uma figura histórica, pelo preço de um expresso"
O trecho é do brilhante livro de Carlos Ruiz Zafón "La sombra del viento" e descreve "Els Quatre Gats" em catalão como tudo em Barcelona, um bar que continua lá. Outro que faz parte desse virtual " clube dos anjos" e que certamente vem ao bar para um café é Antoni Gaudi.
Só que nem tente ir entre 3 e 5 da tarde. Esse é o horário em que Barcelona se acalma para a siesta. Fora desse intervalo, a cidade pulsa apressada pelas Ramblas, com sua infinidade de cafés e vida. Essa rua é a mais famosa da Espanha e leva da Plaça da Catalunya ao Monument a Colom, o nosso conhecido Cristóvao, aquele.
Em Barcelona, como em quase toda a Espanha, conspira-se: o Madri e seus galáticos, a língua, o governo central, mas não contra a Espanha.
Montjuic lá em cima, La Pedrera e a infinidade de " palaus" cá embaixo mas temos pouco tempo e Barcelona merece muito mais.
Vamos no sentido oposto ver mais de perto as torres ousadas e espalhafatosas traçadas por Gaudí. Que me desculpe o compositor baiano, mas a " Sagrada Família" não tem nada de tímida.