“LE$ADA” E/OU LESADA?
Nos últimos dias tenho ouvido muitos comentários sobre um tal de “Cowboy”, “Ayrton”, “Analy” ( pensei até que era Ataly, o nome de minha mãe), “Bruninha”, “Carol”... Ouço coisas como: “o negão se ferrou, a votação chegou a 20 milhões de ligações e sua rejeição foi de 92%...” Em seguida exaltam um certo “Alemão” e falam que torcem para que ele ganhe um milhão (deve ser para rimar).
Como não nasci em Vênus, depreendo que estão falando do Big Brother Brasil e fico fazendo uns questionamentos: a) Por que o povo adora saber sobre a vida dos outros? b) O que faz alguém não perceber que o BBB bem que pode ser um jogo manipulado (se eles escolhem quais cenas serão editadas, podem, perfeitamente, escolher quem será exaltado e quem será crucificado)? c) Por qual motivo as pessoas não conseguem perceber que a cada paredão, se 20 milhões de pessoas ligarem e pagarem R$0,31 (fora os impostos) o resultado dará SEIS MILHÕES E DUZENTOS MIL REAIS? Para onde ou quem vai essa dinheirama? Isso tudo sem contar a grana arrecadada por meio do telefone 015-15-9780-15-15 ( E haja 15!!!)
O triste é imaginar que os entusiasmados contribuintes de bobeiras assim, são os mesmos que ignoram os apelos de campanhas como “Criança Esperança” ou Teleton do SBT.
As explicações para as perguntas “a”, “b” e “c”, talvez, não exijam muitas elucubrações mentais. Pode ser que ao escolher saber sobre a vida dos outros, o telespectador esqueça os seus próprios defeitos. Ao não deduzir que a edição das imagens do BBB possa ser manipulada, o pessoal pode ser apenas “inocente” e acreditar também em Coelhinho da Páscoa.
Ao não saber multiplicar, as pessoas podem ter fugido das aulas de matemática ou podem, simplesmente, não ter R$5,00 para comprar uma calculadora num camelô. Em virtude de tudo isso, eles podem não perceber quando estão sendo “LE$ADOS”, ou pior: eles podem simplesmente ser LESADOS da cabeça!!
Há ainda um outro aspecto que, em meu entender, merece análise: Como é mesmo a formação étnica do povo brasileiro? Peço licença a todos os meus antigos professores de História (Elisabeth Viana- in memorian-, Dona Joacyr Calmon, Acely, Maria Helena, Maria Oneida e Maria Lúcia Grossi Zunti) para fazer uma síntese daquilo que eu (acho) que aprendi: Até 1500, aqui só moravam indígenas. Em 22 de abril daquele ano, eles tiveram o azar de ver chegando, “por acaso”, os colonizadores que iriam dizimá-los e/ou catequizá-los. De olho neste rico país semi-continental, vieram também os holandeses e franceses, mas foram postos para correr, e “Maria Ortis que o diga”! Após algum tempo chegaram os navios negreiros e toda sorte de sordidez assolou o Brasil até 13 de maio de 1888, quando a escravidão foi “abolida”.
Considerando que a estirpe dos portugueses que foram trazidos para o Brasil na marra (os degredados) não ajudava muito; que as índias e as negras deviam ser boazudas e que bicho homem sempre gostou de fornicar; não deu outra: nasceram, além de índios, brancos e pretos, um montão de mamelucos, mulatos e cafusos.
A partir do século XIX, o Brasil começou a receber imigrantes italianos, alemães, eslavos (poloneses, russos e ucranianos), árabes (sírios e libaneses), japoneses, chineses e indianos, e, por fim, os coreanos, formando uma raça altamente miscigenada.
Então... dá para explicar por que é mesmo que o tal “Alemão” está com a bola toda? E não vem não, você que morre de amores por ele, porque eu não estou nem aí se alguma vez você deu R$0,31 para ajudar a arrecadar um montante que se fosse aplicado em Linhares daria para comprar quase 443 “lindas rotatórias”.
Nós não vamos ficar de mal porque eu já lhe avisei, há muito tempo, que não sou normal. Esqueceu-se de que no dia em que o time do Brasil foi derrotado pela França (Copa 2006) eu fui descascar batatas para fazer caldo verde? Pois bem, no dia em que o “Alemão” for ganhar 1/6 do montante arrecadado em UM paredão, eu vou tomar uma cerveja bem gelada com o dinheiro que não gastei porque eu não fui nem LE$ADA e nem LESADA.
Nos últimos dias tenho ouvido muitos comentários sobre um tal de “Cowboy”, “Ayrton”, “Analy” ( pensei até que era Ataly, o nome de minha mãe), “Bruninha”, “Carol”... Ouço coisas como: “o negão se ferrou, a votação chegou a 20 milhões de ligações e sua rejeição foi de 92%...” Em seguida exaltam um certo “Alemão” e falam que torcem para que ele ganhe um milhão (deve ser para rimar).
Como não nasci em Vênus, depreendo que estão falando do Big Brother Brasil e fico fazendo uns questionamentos: a) Por que o povo adora saber sobre a vida dos outros? b) O que faz alguém não perceber que o BBB bem que pode ser um jogo manipulado (se eles escolhem quais cenas serão editadas, podem, perfeitamente, escolher quem será exaltado e quem será crucificado)? c) Por qual motivo as pessoas não conseguem perceber que a cada paredão, se 20 milhões de pessoas ligarem e pagarem R$0,31 (fora os impostos) o resultado dará SEIS MILHÕES E DUZENTOS MIL REAIS? Para onde ou quem vai essa dinheirama? Isso tudo sem contar a grana arrecadada por meio do telefone 015-15-9780-15-15 ( E haja 15!!!)
O triste é imaginar que os entusiasmados contribuintes de bobeiras assim, são os mesmos que ignoram os apelos de campanhas como “Criança Esperança” ou Teleton do SBT.
As explicações para as perguntas “a”, “b” e “c”, talvez, não exijam muitas elucubrações mentais. Pode ser que ao escolher saber sobre a vida dos outros, o telespectador esqueça os seus próprios defeitos. Ao não deduzir que a edição das imagens do BBB possa ser manipulada, o pessoal pode ser apenas “inocente” e acreditar também em Coelhinho da Páscoa.
Ao não saber multiplicar, as pessoas podem ter fugido das aulas de matemática ou podem, simplesmente, não ter R$5,00 para comprar uma calculadora num camelô. Em virtude de tudo isso, eles podem não perceber quando estão sendo “LE$ADOS”, ou pior: eles podem simplesmente ser LESADOS da cabeça!!
Há ainda um outro aspecto que, em meu entender, merece análise: Como é mesmo a formação étnica do povo brasileiro? Peço licença a todos os meus antigos professores de História (Elisabeth Viana- in memorian-, Dona Joacyr Calmon, Acely, Maria Helena, Maria Oneida e Maria Lúcia Grossi Zunti) para fazer uma síntese daquilo que eu (acho) que aprendi: Até 1500, aqui só moravam indígenas. Em 22 de abril daquele ano, eles tiveram o azar de ver chegando, “por acaso”, os colonizadores que iriam dizimá-los e/ou catequizá-los. De olho neste rico país semi-continental, vieram também os holandeses e franceses, mas foram postos para correr, e “Maria Ortis que o diga”! Após algum tempo chegaram os navios negreiros e toda sorte de sordidez assolou o Brasil até 13 de maio de 1888, quando a escravidão foi “abolida”.
Considerando que a estirpe dos portugueses que foram trazidos para o Brasil na marra (os degredados) não ajudava muito; que as índias e as negras deviam ser boazudas e que bicho homem sempre gostou de fornicar; não deu outra: nasceram, além de índios, brancos e pretos, um montão de mamelucos, mulatos e cafusos.
A partir do século XIX, o Brasil começou a receber imigrantes italianos, alemães, eslavos (poloneses, russos e ucranianos), árabes (sírios e libaneses), japoneses, chineses e indianos, e, por fim, os coreanos, formando uma raça altamente miscigenada.
Então... dá para explicar por que é mesmo que o tal “Alemão” está com a bola toda? E não vem não, você que morre de amores por ele, porque eu não estou nem aí se alguma vez você deu R$0,31 para ajudar a arrecadar um montante que se fosse aplicado em Linhares daria para comprar quase 443 “lindas rotatórias”.
Nós não vamos ficar de mal porque eu já lhe avisei, há muito tempo, que não sou normal. Esqueceu-se de que no dia em que o time do Brasil foi derrotado pela França (Copa 2006) eu fui descascar batatas para fazer caldo verde? Pois bem, no dia em que o “Alemão” for ganhar 1/6 do montante arrecadado em UM paredão, eu vou tomar uma cerveja bem gelada com o dinheiro que não gastei porque eu não fui nem LE$ADA e nem LESADA.