GINÁSTICA PARA EMAGRECER

Às vezes começo minhas crônicas dizendo: “Meu habitual leitor...”. Desde o final de semana passado, porém, ando preocupada porque me garantiram que se eu “tiver 20 leitores é muito!” Soube disso quando eu não soube informar quem é um tal de “Zé Ruela”, que, dizem, nunca leu uma crônica minha.

Voltemos à crônica de hoje. Meus habituais 20 leitores sabem sobre uma dor antiga que eu tenho nas costas e conhecem bem o que eu penso sobre vaidade.

Já que “aquele” hospital não me permitiu fazer a ressonância magnética solicitada pelo Dr. Jairo Rocha, porque meu plano de saúde era pobrinho; eu decidi aderir a um “plano de doenças”, mas só encontrei plano de saúde. Como assim? Ora, o seu plano gosta quando você está doente? Claro que não! O nome é plano de saúde, porque eles só gostam da gente quando estamos saudáveis.

Como se não bastasse esse fato, trocar de plano, ainda, exige uma “senvergonhice” chamada carência. Ou seja, se você adoecer durante o tempo definido para essa “bendita”... dane-se! Como eu ainda estou na carência e a dor nas costas não passou... dane-me!! Assim, às minhas custas, comecei a fazer Pilates com Siara Galete Cabral, na clínica de Daniela Paraíso Dalvi e acupuntura no consultório do Dr. Macabú Gouvêa.

Disciplinadamente, às segundas e quintas-feiras, eu compareço aos locais de trabalho de meus dois “algozes”. Na verdade, eu gosto quando Siarinha me diz que eu tenho de me esticar 100%, “cheirando a rosa” (inspirar), “soprando a vela” (expirar) e, simultaneamente mantendo “o umbigo preso nas costas”( murchar a barriga).

Gosto muito, também, quando o Macabú me orienta dizendo que eu tenho de beber muita água (sobretudo quando eu não estiver com sede), que tenho de comer aveia, banana, mel, e caminhar, caminhar, caminhar, caminhar... Isso tudo antes dele espetar agulhas nas minhas costas, mãos, pés, tornozelos... Não se assuste! Não é dolorooooooooooso! É suportável e bem viciante!

Bem, numa tarde dessas, durante o agulhamento, Dr. Gouvêa pediu-me que lhe lembrasse de me ensinar uma ginástica para eu emagrecer. Não cheguei a estranhar, porque acho que ele não está entre os meus 20 leitores e, portanto, não sabe o que penso sobre vaidade. Além disso, penso que ele se preocupa mesmo é com minha saúde, ou não me recomendaria tantas caminhadas.

Ao término da sessão, ele próprio se lembrou de me ensinar a tal ginástica para emagrecer.

Imagine, agora, a cena: ele de pé, eu sentada. Ele movia a cabeça levando o queixo até a altura do ombro direito, voltava ao centro e, então, a movia até o ombro esquerdo. Entendeu? Não? Então agora faça você mesmo, meu leitor, porque em caso contrário você não entenderá como era a ginástica. Fez o que eu lhe pedi?

Eu, como boa paciente, comecei a fazer os movimentos junto com ele. Lá pela 5ª vez, eu resolvi lhe perguntar quantas vezes eu deveria repetir os movimentos. Sabe o que o “ordinário” me respondeu?
“_ Quantas vezes lhe oferecerem comida!”

Ri demais, já ensinei a ginástica para meus colegas de trabalho e agora para você, que, certamente, é um dos meus 20 únicos leitores!