O Bioma Amazônico

O novíssimo Ministro do Meio Ambiente tem se apresentado com fala e vestes próprias bem interessantes. Têm lhe sobrado disposição cênica e misterioso humor, quando em público seu discurso é mostrado. Ele nem sabe direito, creio eu, esse simplório pagador de tributos, que estará subordinado a um governo que tem legislado muito por decretos.

No Bioma Amazônico, tapar buracos, cobrir brechas, por decreto ou não, não levará a nenhum resultado justo e duradouro. Ou se faz uma ampla revolução no que diz respeito ao uso e ao povoamento amazônico, ou teremos em vinte anos mais a irreversibilidade do mal, feito como a maior prova de nossa bestialidade, enquanto seres humanos freqüentadores do Planeta Terra.

A Europa está com a barriga cheia da devastação que fez em suas florestas e nem por isso está sendo cobrada de forma tão veemente, porque o dever de casa dos países ricos, em um passado além de secular, não foi feito. O pecado deles é o nosso prato do dia. Não nos esqueçamos também dos nossos irmãos devastadores da Ásia! Há mais de um culpado nesse jogo todo.

Houve, e não é de pouco tempo que disso sabemos, uma ilícita depredação das matas do planeta feita pelo Europa, a América Rica e a Ásia, antes desse modelo nocivo de desmatamento que nosso país permitiu florescer por aqui. E o que se está tentando fazer de concreto para diminuir os males produzidos por aqueles primeiros devastadores dos mais diversos biomas seqüestrados pela devastação dos nossos olhares de hoje? Eu creio que quase nada!

É muito fácil sair por aí taxando o Brasil de grande culpado.

Propagam que estão assentando-se na Amazônia para nos ajudar.

Eles, antes de qualquer coisa, estão mesmo é caçando negócios lucrativos para os bolsos dos seus respectivos países. Não venham dar uma de bonzinho, não! Olho neles! É preciso tomar-se essa situação de cobranças atualmente feitas a nós pelo mundo todo, como um exemplo a ser fomentador de nossa vigilância, aumentando no que diz respeito àquela herança fantástica chamado Amazônia, que Deus nos deu, sem decreto algum, mas por merecimento mesmo.

Os delírios de alguns empresários do ramo madeireiro ou de poucos velhos e por demais conservadores militares ou até mesmo alguns fanáticos naturalistas, nenhum desses pode, nem deve, impedir que a sociedade, ajustadamente reunida, venha a tecer regras novas, modernas e frutíferas para o uso e conservação da nossa rica Amazônia.

O Bioma Amazônico está gravado em terras nossas, fantasticamente desenhadas e firmementes soberanas. O que estiver em discussão, quem não levar isso em conta não receberá o nosso respeito enquanto cidadãos livres, líderes natos da América do Sul e filhos privilegiados da natureza. Não é à toa dizerem que, quando Deus desenhou o universo, preferiu fincar morada definitiva em nosso país. É hora também de lembrarmos de agradecer-Lhe pela Amazônia e pelo Brasil!