UE! ESQUECERAM O ACENTO TÔNICO

Aqui no Brasil, a gente diz Ué! para indicar surpresa, admiração, estupefação, espanto, etc. Pois, é, ué! Estamos surpresos, admirados, estupefatos, espantados e mais outras coisas com o que pensa sobre os imigrantes a UE, sem acento tônico, sem o sinal de interjeição, coisa que gente fria não gosta de usar.

Aqui no Brasil o que não falta é historiador e estudiosos de outras áreas, incluindo a Biologia, encarregados de mostrar para os brasileiros suas múltiplas raízes: a indígena (nativa) a européia (em primeiro lugar porque, como não tinha muito que fazer no passado, se aventurava em embarcações pelo mar, entrando em terras alheias sem os tropeços do passaporte, cartas-convite, dinheiro e cartão internacional. Usaram mesmo o cartão espelhinho) e a africana, que veio arrastada pelos ués! Depois das descobertas do Projeto Genoma Humano, aí é que as coisas clarearam, no melhor dos sentidos.

E agora o pessoal do ué está inventando moda e fechando portas, prendendo e judiando os brasileiros em aeroportos, devolvendo a mala, ou os “malas”. Sei não, viu, deveriam ter pensado mais um pouco, ou se arrepender do que estão fazendo.

Os ués adoram vir aqui e ver mulatas no Carnaval, dançar na Bahia, comer tutu em Minas, comer caranguejo na praia de Atalaia, construir mansão na Amazônia, assistir Fla/Flu no Maracanã, comprar artesanato em feiras nordestinas, tomar banho de mar nas insuperáveis praias do nosso imenso litoral, casar com brasileiras, ir ao show de Ivete Toda Boa, y otras cositas. Nenhum pecado, sempre colocamos em faixas: WELCOME. BIENVÉNU, BIENVENIDO, BENVENUTO, WILLKOMMEN!

Milhões de ués vieram e aqui ficaram, sem problemas, e a gente brasileira se orgulha do parentesco bem próximo com esses habitantes de terras além-mar.

Nós somos mesmo cheios de amor pra dar, pelos argentinos, chilenos, mexicanos, canadenses e quem mais chega por aqui. Estamos festejando com respeito, gratidão e carinho os 100 anos da imigração japonesa.

Os ués inventaram a globalização e junto com outros inventores do óbvio, pregam a redondeza da Terra e a “aldeia global” , mas só quando querem puxar a brasa para a própria sardinha e agora se fecham, criando um mundinho, um condomínio fechado.

O que será que deu na cabeça dos ués? Não é por aí não, queridos primos ricos. Podem deixar o mundo girar que ele é nosso também.