A ritualística do quebra - cabeça

A ritualística do quebra-cabeça

É como um ritual um quebra-cabeça de querer agradar, onde as peças podem ser poemas, textos, mensagens, músicas, um doce ou uma fragrância, um feitiço bem intencionado, um livro, acordes e letras... Aromas...

E então ritualisticamente o jogo vai se montando compondo, ganhando formas e cada peça colocada é vivenciada, não é mais só um simples encaixar.

Cada componente desse todo trás seu próprio significado, é parte, mas é inteiro, único completo e essencial.

A primeira peça foi uma carta, depois outras peças mais que virtuais e a peça-carta se foi, endereçada que era a certo jogador, que de lá encaixaria sua parte, e então se compuseram outras escritas, imagens, sorrisos e avisos... Virtualidade, tecnologia em meio aos sonhos...

Atenção! Peça difícil, para encontrar o lugar certo precisa de um astuto jogador, montador... Especial mercador...

E lá se vão peças, pedaços de cá e de lá, letras, vozes, envoltas em bolhas de sabão, peças trocadas que vão nos pés dos pombos que levam recados...

Então continuamos montando, compondo,dando forma, sentido...

Em cada sorrir especial, um aviso:

Entre sem alarde e sem bater! Acasale e agasalhe... É a essência do jogo.

As peças chegam, pode ser um conto, um canto, sons, batuques, ritmos, danças.

Se junta o aroma, peça que embriaga, enfeitiça mundia, tira o sono, tira o chão...

Está quase montado o quebra-cabeça...

Nesse jogo quase pronto comporão sabores, água na boca, brilho nos olhos, frio e calor, quietude e descompasso...

E completou?

Não não

Só completará com risos, abraços, olhares, palavras faladas e silenciadas, pensamentos trocados,

E se completará?

Não,

O jogo, ritual vai se cumprindo, mas perdurará, pois o mistério da alegria, do indecifrável, do que não se traduz, do que apenas sente, para isso não há tempo, conclusões, não há limites.

Eterno completar.

Infinitude...