OS BOMBEIROS E A VIDA

Não sei porque razão na minha primeira reflexão deste dia me ative a uma profissão que não são poucos que podem fazer parte dela, já que exige não só a disposição, mas também a coragem, o discernimento, o empenho, a fadiga, a esperança, a ousadia, um profundo treinamento e sobretudo a entrega sem limites, a ponto de abdicar de um elemento essencial na vida de cada um que é o apego à própria existência. Todos já sabem que estou falando dos incansáveis Bombeiros, que atuam sem hora marcada, sem barreiras para as intempéries, enfrentando qualquer situação seja ela a mais perigosa e a mais inóspita possível.

É oportuno recordarmos o episódio de 11 de setembro, ocorrido com as Torres Gêmeas, nos Estados Unidos, cujas atuações dos bombeiros ficaram registradas em alguns filmes que já tivemos ocasião de assistir, ficando retratado toda a ousadia, coragem, pronto atendimento, enfrentamento de todos os percalços possíveis para se chegar a uma vida que precisasse de socorro. Esses filmes demonstraram que enquanto as pessoas (vítimas) desciam das Torres pelas escadarias, os bombeiros subiam em direção ao perigo, rumo à morte, sem ao menos pensar um só instante em suas próprias vidas.

No dia-a-dia visualizamos a cada esquina, a cada acidente, a cada tragédia natural, os incansáveis Bombeiros, tentando a todo custo tirar uma vítima do sofrimento, socorrendo-a e levando para atendimento médico. A pergunta que não cessa é a mesma que percorriam os corações de muitas mães quando seus filhos que estavam no Exército eram chamados para a guerra!. É certo que o Bombeiro não vai a um ambiente hostil como uma guerra, mas sua função é muito semelhante pois o soldado que vai à uma batalha coloca em primeiro lugar a defesa da Pátria, já o Bombeiro – num ato bem mais nobre – coloca em linha de frente a defesa de uma outra vida, mas não à custa de um disparo contra o inimigo, porque combate um fenônemo efêmero e indisponível em termos da vontade humana.

Sabemos que toda pessoa humana contém algum resquício de medo. O ambiente de perigo aciona a alavanca automática do medo. O Bombeiro deve extirpar essa alavanca de sua natureza humana e o único elemento de consolo ou de amenização do seu temor é o seu preparo psicológico, físico e operacional. No mais, deve atuar com frieza, discernimento, com rapidez, com inteligência etc.etc.

Trata-se, evidentemente, de uma profissão de profunda relevância em nosso meio social, para a qual devemos estar sempre atentos e valorizarmos com todo o merecimento que ela merece, pois o Bombeiro é aquele 'anjo' que aparece depois de uma tragédia e intercede com todos os cuidados possíveis para que a vítima possa chegar com segurança ao local de atendimento médico.

Fico profundamente sensibilizado quando vejo uma vítima; depois de passado algum tempo do socorro e observando que só foi salva pela interferência desse 'anjo' de farda e, depois de recuperada, procura encontrar o seu herói para agradecer e dar-lhe um significativo abraço de agradecimento. Esse gesto simples e de conteúdo humano é uma coisa que deveria sempre existir na face da terra. Somente os Bombeiros, na sua luta diária é que são personagens mais efetivos desses gestos de grandiosidade.

Parabéns aos Bombeiros! Pela sua luta incessante, pelo seu espírito altruísta. Acredito que Deus deve reservar-lhes um lugar especial lá no Céu, quando for a hora de deixarem a sua luta, para chegarem à glória Celestial!.Um grande abraço à todos...

Machadinho
Enviado por Machadinho em 18/06/2008
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