Namorados
NAMORADOS
Tendo, supostamente, sua origem na Roma antiga, a homenagem aos namorados veio caminhando através do tempo até que, por volta de 1948 se manifestou no Brasil, utilizada como apelo comercial por uma loja de departamentos em São Paulo.
Estrategicamente, sua data foi convencionada em 12 de junho, véspera do dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro.
Ornada por comemorações populares, em festas onde pessoas se juntam em devoção e alegria, com danças formando pares, clima sugerindo aconchego e o casamento como tema, a homenagem aos namorados não poderia ter uma data melhor.
Minha cidade já foi palco de muitas paixões, quando o amor ainda não havia sido trocado pelo “ficar sem compromisso” e os casais namoravam, com toda segurança nos bancos do Jardim do Rosário, em meio a canteiros de rosas.
O flerte tinha início no ir e vir na calçada do Bar Brasil e nos espaços da Praça Conde Frontin delimitados pela linha do trem. Muitos encontros foram marcados tendo por referência a sonora fonte luminosa, de águas coloridas, que existia ali.
Casais namoravam de mãos dadas e coração aos pulos de tanta emoção. E, o maior presente do dia dos namorados era a fidelidade, o respeito e o compromisso estabelecido.
Felizmente, muitos dos pares formados aquele tempo ainda vivem e celebram o seu amor, outros relembram com saudade seus companheiros que já se foram e alguns choram amores que existiram, mas, não se concretizando, deixaram recordações.
Hoje, O Dia dos Namorados sugere tudo, menos a manifestação do amor autêntico e apaixonado. Sugere, acima de tudo o compromisso com o mercado de consumo, muito mais do que com a pessoa amada. Os namorados ratificam seu valor através dos presentes que dão e recebem e não por suas virtudes humanas e sentimentos.
Ideal será o dia em que, namorados verdadeiros, encontrem a felicidade no simples ato de passear entre canteiros de rosas...