AS GOIABAS DE JOSMARI
Há uma linda música da atualidade que diz: “Quando Deus te desenhou ele estava namorando, na beira do mar...”. Pois bem, quando Ele me desenhou, acho que eu estava entre as últimas, daí Ele devia estar cansado e nem pegou o pincel fino para fazer o acabamento.
Assim, em vez de me fazer parecida com a Natália Guimarães (Miss Brasil 2007), a Ana Paula Arósio, a Camila Pitanga ou outra bonitona qualquer, Ele achou bonito me fazer parecida com Josmari. Pelo menos ela diz que nós duas somos irmãs e também da Nana Caymmi. Só falta ela dizer que nosso pai é Dorival.
Também eu acho que somos fisionômica e espiritualmente parecidas, e talvez isso se deva ao fato de eu já ter residido em sua casa, quando meu pai a alugou de sua mãe, na década de 70. Vai ver que quem morar naquela esquina, em frente ao Banestes, terá tendências a ficar “tereré” como Jô, né?
Meu “achismo” embasa-se nas perguntas que me fazem querendo saber se somos irmãs. Isso quando não me confundem com ela ou até mesmo as nossas vozes. Juro por Deus que um dia eu liguei para o Banestes, sem me identificar, para saber se o pagamento do magistério estadual saíra e a telefonista me respondeu: “ Saiu não, Josmari!” Ah, Ninguém merece!
O fato é que nós duas não temos nenhum medo de “pagar mico”. Se for para falar ou cantar para um montão de pessoas, a gente dá conta do recado e não estamos nem aí para a opinião alheia. Se isso pode ser considerado como doidice, eu lhe asseguro que a minha pára por aí, mas a dela vai loooonge!
Recentemente, encontrei-a no velório de um amigo comum e, entre um caso e outro, tive o prazer de conhecer o seu mais recente livro: Zé da Lata, que será oficialmente lançado brevemente. Prazer não apenas porque eu e meus pais somos citados no livrinho, mas, sobretudo, por, uma vez mais, constatar que ela é mesmo empreendedora. Não é que ela conseguiu juntar suas habilidades para contar e inventar histórias, divertir-se e aos outros, e ainda ganhar dinheiro com isso?
Chico Boneco, Irene e João da Santa foram personagens reais da história linharense, mas viraram livros e devem ser conhecidos em Deus e o mundo. Sei não, mas acho que Josmari conhece e é conhecida por tudo quanto é “bichinho de orelha” de Linhares e, talvez, do Espírito Santo. Isso, é claro, é um perigo para mim, não é não? Vai que essa maluca faz alguma doidice e depois, por acaso, eu passo no lugar!
Prometi-lhe que, um dia, eu também farei um livro infantil e minha personagem será ela, por isso, comecei a investigar a sua infância. Eu não sabia, por exemplo, que a filha de Sr. José Venâncio e Dona Maria Conceição, e irmã de José Aquilino, Janete, José Valentim, Janir, Juarez, João Miguel e Jacinto morara em Paul, Vila Velha, na década de 50.
Aos 10 ou 12 anos, como qualquer menina pobre, ela deu um jeito de “empreender” para ter seu dinheirinho: resolveu pedir para colher frutas nos quintais dos vizinhos, objetivando vendê-las no grupo escolar em que estudava.
Foi assim que ela conheceu Dona Fifi, uma velhinha proprietária de uma grande goiabeira. Com um discurso de menina que gostava de fazer boas ações, Jô ofereceu-se para subir na tal árvore para colher frutas para Dona Fifi. Com relutância a anciã aceitou a oferta, mas orientou Josmari para arremessar todas as goiabas em suas mãos. Ao término da primeira “empreitada”, Jô ganhou da velhinha sovina a menor goiaba que colhera.
No segundo dia, Josmari foi de “bombacho” (uma espécie de short com as pernas larguinhas, presas por elásticos) e para cada fruto arremessado nas mãos de Dona Fifi, um outro maior era colocado dentro de seu calçolão.
Uma vez na escola, Jô vendia as goiabas para os colegas e juntava seu dinheirinho. Muitos anos depois, encontrou um ex.colega, hoje engenheiro de uma grande empresa em Vitória e esse, sozinho, lembrou-lhe sobre as frutas que comprava da amiga durante a infância. Foi dele o comentário: “Suas goiabas tinha um sabor inigualável”
Josmari não se fez de rogada e confessou: “Claro, meu amigo, o sabor vinha do local onde eu as guardava, ou seja, dentro das minhas calçolas”.
Há uma linda música da atualidade que diz: “Quando Deus te desenhou ele estava namorando, na beira do mar...”. Pois bem, quando Ele me desenhou, acho que eu estava entre as últimas, daí Ele devia estar cansado e nem pegou o pincel fino para fazer o acabamento.
Assim, em vez de me fazer parecida com a Natália Guimarães (Miss Brasil 2007), a Ana Paula Arósio, a Camila Pitanga ou outra bonitona qualquer, Ele achou bonito me fazer parecida com Josmari. Pelo menos ela diz que nós duas somos irmãs e também da Nana Caymmi. Só falta ela dizer que nosso pai é Dorival.
Também eu acho que somos fisionômica e espiritualmente parecidas, e talvez isso se deva ao fato de eu já ter residido em sua casa, quando meu pai a alugou de sua mãe, na década de 70. Vai ver que quem morar naquela esquina, em frente ao Banestes, terá tendências a ficar “tereré” como Jô, né?
Meu “achismo” embasa-se nas perguntas que me fazem querendo saber se somos irmãs. Isso quando não me confundem com ela ou até mesmo as nossas vozes. Juro por Deus que um dia eu liguei para o Banestes, sem me identificar, para saber se o pagamento do magistério estadual saíra e a telefonista me respondeu: “ Saiu não, Josmari!” Ah, Ninguém merece!
O fato é que nós duas não temos nenhum medo de “pagar mico”. Se for para falar ou cantar para um montão de pessoas, a gente dá conta do recado e não estamos nem aí para a opinião alheia. Se isso pode ser considerado como doidice, eu lhe asseguro que a minha pára por aí, mas a dela vai loooonge!
Recentemente, encontrei-a no velório de um amigo comum e, entre um caso e outro, tive o prazer de conhecer o seu mais recente livro: Zé da Lata, que será oficialmente lançado brevemente. Prazer não apenas porque eu e meus pais somos citados no livrinho, mas, sobretudo, por, uma vez mais, constatar que ela é mesmo empreendedora. Não é que ela conseguiu juntar suas habilidades para contar e inventar histórias, divertir-se e aos outros, e ainda ganhar dinheiro com isso?
Chico Boneco, Irene e João da Santa foram personagens reais da história linharense, mas viraram livros e devem ser conhecidos em Deus e o mundo. Sei não, mas acho que Josmari conhece e é conhecida por tudo quanto é “bichinho de orelha” de Linhares e, talvez, do Espírito Santo. Isso, é claro, é um perigo para mim, não é não? Vai que essa maluca faz alguma doidice e depois, por acaso, eu passo no lugar!
Prometi-lhe que, um dia, eu também farei um livro infantil e minha personagem será ela, por isso, comecei a investigar a sua infância. Eu não sabia, por exemplo, que a filha de Sr. José Venâncio e Dona Maria Conceição, e irmã de José Aquilino, Janete, José Valentim, Janir, Juarez, João Miguel e Jacinto morara em Paul, Vila Velha, na década de 50.
Aos 10 ou 12 anos, como qualquer menina pobre, ela deu um jeito de “empreender” para ter seu dinheirinho: resolveu pedir para colher frutas nos quintais dos vizinhos, objetivando vendê-las no grupo escolar em que estudava.
Foi assim que ela conheceu Dona Fifi, uma velhinha proprietária de uma grande goiabeira. Com um discurso de menina que gostava de fazer boas ações, Jô ofereceu-se para subir na tal árvore para colher frutas para Dona Fifi. Com relutância a anciã aceitou a oferta, mas orientou Josmari para arremessar todas as goiabas em suas mãos. Ao término da primeira “empreitada”, Jô ganhou da velhinha sovina a menor goiaba que colhera.
No segundo dia, Josmari foi de “bombacho” (uma espécie de short com as pernas larguinhas, presas por elásticos) e para cada fruto arremessado nas mãos de Dona Fifi, um outro maior era colocado dentro de seu calçolão.
Uma vez na escola, Jô vendia as goiabas para os colegas e juntava seu dinheirinho. Muitos anos depois, encontrou um ex.colega, hoje engenheiro de uma grande empresa em Vitória e esse, sozinho, lembrou-lhe sobre as frutas que comprava da amiga durante a infância. Foi dele o comentário: “Suas goiabas tinha um sabor inigualável”
Josmari não se fez de rogada e confessou: “Claro, meu amigo, o sabor vinha do local onde eu as guardava, ou seja, dentro das minhas calçolas”.