Barriga verde, barriga cheia, barriga dágua. Cada tipo de barriga traz consigo uma história, um conceito. Esfriar a barriga no tanque e esquenta-la no fogão. A nossa, dizem que é de cerveja, porém dizemos que é calo sexual.
       
        Quando temos medo, dá um nó na barriga, quando nos enojamos coitada fica embrulhada.
      
        Barriga tem sua marca registrada. Barriga dura, barriga de tanquinho, barriga com piercing, barriga com estrias. Barrigudo é ofensivo, barriga de marajá para o político invejar.
       
        Barriga de atriz ou barriga de meretriz, o que importa é o calor, e é o que nos deixa feliz. Empurrar com a barriga é coisa muito recente, pois nem sempre temos coragem de ser assim tão serviente. Barriga de aluguel, para a mãe que se quer ser, porém sem o nó da barriga que dá o enjôo na Jezabel.
      
        Barriga às vezes ajuda, se de grávida assim for. Não pega fila , e o assento é sempre aceito. Barriga no bebê é coisa linda, na Babi dizem ser horrível. O tamanho do falo depende da barriga, se a última é muito grande, o primeiro nem se agita. Enchemos a barriga quando a fome aperta, mas tem gente que come cada coisa. Barriga a gente coça quando nada nos acoça. A natureza inventou  o pneuzinho , o homem a academia. O supra sumo da idiotice contemporânea: a barriga negativa. Nada de tanquinho ou sarada, a negativa é sem dúvida a mais abestalhada.