O início,o princípio,o exórdio.

Lá estava eu me sentindo preso.Meus braços não correspondiam ao meu chamado,minhas pernas formigavam e eu parecia não ás ter,não sabia onde eu estava e nem quem eu era.Meus olhos captavam um vermelho no horizonte,era uma sala apertada,mais me confortava estar ali,apesar do mal estar.Tentei me virar um pouco e não obtive sucesso,ainda estava preso,eu não sei se estava deitado em uma mesa ou encostado em uma parede estranha,o que sei era que o silêncio tomava conta de tudo.Eu poderia sentir as horas correrem,e o silêncio me abraçar naquele lugar estranho,e ao mesmo tempo não tão estranho.Permaneci imóvel quando um som alto veio de fora dali,eu não sabia e nem imaginava a saída,mais conseguia ouvir nitidamente as coisas que aquela voz emitia, o som era estranho,mais a linguagem não me era estranha,ao mesmo tempo em que eu não podia traduzir o que aquela voz dizia,eu me sentia confortável só em ouvi-la,e lá mesmo eu fiquei até que uma pressão me puxou para baixo,me senti desconfortável,me debati pelas paredes incertas daquele lugar,e em fim parei.Cansado daquele desconforto,comecei a sentir minhas pernas,e chutar tudo que eu podia,e com a maior força que pude,mais fui inútil minha tentativa de sair dali. Tentei sentar mais não tinha tantas forças assim.Talvez eu deveria ser o derradeiro daquele lugar,daquele planeta talvez,quando tudo parecia estranho,uma luz cegou meus olhos vinda de cima,ela me atraia,ela me queria,e então fui ao encontro dela,era linda,quando próximo eu cheguei,à aquela bela luz,algo grande me puxou grosseiramente para fora daquele lugar estranho,eu não hesitei,até porque não tinha forças para isso,era mais forte do que eu.Quando eu ouvi vários sons estranhos na minha saída, e um deles dizia:

-Parabéns senhora,você tem um menino cheio de saúde!

Quando me desabei em choros...

E então nasci...

(JOMAR SERPA)

GNOMO