A Fé que Move Montanhas

Há uma música do cantor Zeca Baleiro que diz: “...eu não sou cristão, eu não sou judeu...”, cuja sonoridade, particularmente, muito agrada meus ouvidos. Pois bem. O ano que vivemos agora têm-me sido, pessoalmente, especial. Por todas mudanças e desafios que me exigem, sempre, o mínimo de reação, tendo assim que suportar qualquer natureza que a surpresa resolva tomar.

Por tudo isso, dias adormeci com um sorriso involuntário estampando minha alegria; outros, no entanto, chorando abafado as dificuldades que surgem então. É preciso coragem para guerrear na batalha da vida, coragem esta que, por tantas vezes, pareceu querer escapar de minhas mãos. Sinto-me solitária, saudosa, entristecida, mas evito sentir o arrependimento que nunca desejei ter, pois, para mim, denotaria rejeição de minhas próprias escolhas e de toda consciência que sempre busquei manter.

A tristeza, por vezes, torna-se grandiosa em companhia da solidão, engrandecendo o desconserto que a derrota costuma refletir em nós. Em noites caladas tenho buscado a companhia de minha fé. E tem sido ela o meu suporte e a minha força, onde eu transformo minhas dores em esperança. É nela que eu encontro razão para afastar minha vontade de desistir, e assim persistir em tentar novamente a cada amanhecer.

Portanto, não pretendo distinguir credos e crenças, mas tão somente ressaltar a importância de acreditar em nossa própria força, e continuar na luta, pois a vitória já é nossa todos os dias.

Para os agnósticos, católicos, protestantes, espíritas, judeus, ... para todos nós, que continuemos a mover montanhas com a fé.

Ie
Enviado por Ie em 10/06/2008
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