POR QUE NÃO TE CALAS?
A música dilacera os meus ouvidos
E me arremessa de encontro aos fantasmas do passado
Se é que existiram
Perdida estou eu no meio desta sala
Cujas paredes parecem fechar-se cada vez mais
Numa tentativa de sepultar-me viva
E eu sem mais saber se de fato existo
Se viva estou
Afinal, quem sou eu?
Maria?
Joaquina?
Josefa?
Pouca importa!
São tão comuns estes nomes...
Assemelham-se a vulgaridade de minha pessoa
E a música continua...
Fala de amor
Amor...
Também fala de tristeza
Tristeza...
De desencontros
Desencontros...
De despedidas
Despedidas...
Ah, Maysa, Por que não te calas?!