Cena da Peça A Bagaceira, adaptada do Livro deJosé Américo de Almeida.
A BAGACEIRA
 
Estava eu numa platéia querendo assistir um trabalho de vários amigos quando de repente ouve-se o terceiro sinal do inicio da apresentação. E nisto um daqueles amigos entra em cena. 
Pra começo estranhei logo de inicio a sua voz. Mas como ele tinha todo o direito de criação imaginei que o mesmo estava nos mostrando algo de seu personagem. Tudo bem, eu não me preocupei, com aquela cena. 
Ele realmente tinha dado uma modificação na voz. Mas o espetáculo ia discorrendo ele interpretava um jovem escritor, meio efeminado é claro. Foi por ai que encontrei um jeito estranho no rapaz, com seu modo desengonçado, pensei ser o mesmo que assim levasse todo o enredo numa forma poética. 
E assim prosseguiu. O outro se mostrava ser o dono da situação. Por suposto era o pai daquele jovem escritor, que já em outra cena, contracenava com um rapaz que amadoramente dava a interpretação de um jagunço, e assim continuou. 
Quando veio em cena a parte mais cômica de toda aquela história. Realmente não tinha pra ninguém. Quando no meio da conversa... 
Ele de repente começou a chamar por alguém. Eu pensei até mesmo ser um outro personagem pelo modo que o mesmo falava, mas dizia para todos assim ouvir:
 
- Caco! Caco!Vem logo!... O parceiro dele estranhou e logo ao mesmo perguntou:
 
_ Não vi esse Caco por aí. De onde mesmo este Caco, saiu?
Quando normalmente ele disse diante todo o publico:
 
_ Ih, deu branco esqueci o texto!
 
Certamente ouve toda aquela preocupação dos outros atores em querer darem continuidade ao trabalho até que este amigo esquecido lê-se por suposto o roteiro de novo e assim tentasse recordar suas falas. 
Mas neste momento abre-se uma grande cena. Onde se dava entender ser numa cachoeira, quando uma linda jovem por muito é cortejada pelo escritor e também pelo seu pai. Uma disputa acirrada, por algum motivo aconteceu e sendo assim me fez recordar o livro que eu tinha e pensava ser de José de Abreu. Falha nossa é  de José Américo de Almeida, intitulado, A Bagaceira.
 
Onde nos conta que o pai do jovem se enamorara pela jovem. E quando naquela cena fascinou todo o espectador masculino, até eu mesmo já cansado de guerra comigo mesmo disse:
 
_ Calma companheiro essa sua cena já passou.  
 
O Bráulio meu companheiro já cansado de vivenciar todo tipo de luta, quisera, se manifestar, diante daquela linda cena, onde a jovem simplesmente com o seu corpo desnudo se banhava. Acredito que além do enredo nela estava o melhor de todo o espetáculo.