Registrando bons momentos...
Águida Hettwer
Nas intempéries da vida, somos pessoas ansiosas, stressadas, deprimidas e como meninos nós corremos de um lado para o outro sem direção. Em metamorfose transfigurada, aconchegamos nossas “Pupas” envolvendo-nos e nos protegendo do mundo lá fora. Refugiamos-nos em problemas nossos ou alheios, em doenças que não queremos ficar curados, em casamentos de aparências, em drogas lícitas ou ilícitas, afundamo-nos no trabalho, naufragamo-nos em dívidas, para preencher o grande “Vazio” que a alma transcende em atos ou omissões.
Quisera abrir as janelas da alma, buscando sabedoria dos céus, deixando fluir o pensamento ao longe. Em terras onde as flores germinam sem ser semeadas, e o sol descortina no horizonte e a paz tão sonhada, traduz em poesia e perfeita harmonia com a natureza divina de Deus. Somos protagonistas da nossa história, não somos “bonecos” manipulados, temos livre arbítrio de nossas decisões, sejamos inteligentes enquanto há tempo. Deixamos de usufruir de bons momentos da vida, incrustando-nos em coisas vãs e sem sentido e como se estivéssemos de mãos amarradas, ficamos inertes diante de situações. Muitas vezes esperamos reações dos outros, por que nos falta a coragem e a ousadia de dar o primeiro passo em uma “separação” ou “reconciliação”. Passamos à vida nos preservando de sofrer, no entanto sofremos por viver. Uma cruz pesada e cheia de contradições, que poderia ser leve, enriquecedora de experiências em cumplicidade de bons momentos. Libertando-nos do casulo e dando asas às emoções, vivendo a vida em multicoloridas fases, pigmentando a mente, o corpo e o espírito de leveza, tornando-se assim pessoas melhores concluindo nosso ciclo com êxito e felicidade plena.
06.06.2008