FANTASIA

FANTASIA

Naquela porta, acima do nível da rua, no segundo patamar,

Com cor escura em meio a uma vidraça ofuscada,

Vou lentamente bater e depois de abrir, entrar.

E ao passar por ela, encontrar aquela que não sei como,

Mas me faz muito pensar na vida e sonhar.

Vou despertar a manhã fria da noite morta que se foi,

E uma revelação do fundo do coração a ela eu vou manifestar.

Somente olhando para os olhos dela vou dizer que a amo.

E quem sabe, uma canção silenciosa meus ouvidos escutarão,

Uma canção tristonha e saudosa eu irei lembrar para ela.

Com certeza matarei o desejo que me mata,

Será uma luz mais clara, que o clarão do sol e do luar.

Poderei até fazer sussurros aos ouvidos dela

E pode ser que não haja murmúrio,

Mas no silencio pode haver o baile do amanhecer.

Sei que serei um rei e ela uma graça singular,

Reinarei num mundo de sonhos e aventuras,

Sentirei a força dela, com todo o calor, ao me abraçar.

Subirei se preciso, ao espaço sideral,

Para alguns sons de uma realidade nova cantar.

Não sei o que será depois dessa realidade,

Mas, para sempre, deste dia, eu irei lembrar.

(Acácio)

Acácio Nunes
Enviado por Acácio Nunes em 06/06/2008
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