CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS
Recentemente nosso Supremo Tribunal Federal decidiu por maioria de votos (6 X 5) em referendar o procedimento bioético relacionado com a área da medicina geneticista, em julgamento histórico realizado no último dia 29.05.08, na ADIN, relativo ao artigo 5º da Lei de Biossegurança, onde ficou deliberado que doravante a ciência médica pode dispor de células-tronco embrionárias para utilização científica visando alavancar a área médica com pesquisas modernas que num futuro remoto possam dar novos alentos à doentes que foram acometidos de doenças até então incuráveis.
Como é de nosso conhecimento – embora leigos em medicina – o organismo é constituído por células que estão empregnadas em todos os componentes do corpo humano, logo, podemos concluir que as células são adminículos de nosso organismo que no seu conjunto formam os órgãos vitais. Essa área da medicina estuda os paradigmas e os mistérios que compõem essas células de forma que tendo o conhecimento desse meio essencial ao seu desenvolvimento, talvez seja possível a cura dos males que afetam nossos órgãos de forma que os cientistas possam criar mecanismo para que a células mortas ou afetadas sejam impedidas de terem essa seqüência prejudicial ao organismo pela interferência de células injetadas a partir do parâmetro das células tronco-embrionárias. Perdoem-me os médicos caso eu não tenha conseguido absorver com meus conhecimentos de “mero curioso” o critério técnico desse tratamento, até porque me situo apenas como alguém que quer delinear a questão, apenas como forma de revelar minha contribuição quanto à questão ética religiosa que encarna a discussão sobre o tema.
Ocorre que ao falarmos em cédulas, também abordamos sobre vida, considerando que a célula – conforme frisei – é um adminículo do corpo humano. Em razão dessa análise não podemos falar em vida sem atender à questão espiritual, pois é inquestionável – lato sensu – de que há um binômio que inegavelmene paira em todas as religiões – a junção do corpo com a alma. A única teoria que afasta essa idéia é a do ateu, ou incrédulo, que só acredita na matéria. Não tenho a intenção de ferir a suscitibilidade das pessoas que tenham esse conceito. Meu objetivo é ascender discussão em torno dos dogmas que integram o Universo através da sua imensurável e infinita força Superior que ultrapassa nossa vã filosofia, pois somos finitos e por isso todos temos um fim inarredável que não se explica em fórmulas humanas.
A discussão é ampla e não pretendo me delongar nos parâmetros que têm sido visto na mídia, até porque divergem de religião para religião. A grande exegese provinda dessa tema é exato o momento em que existe vida, ou seja, qual é o início da vida. Pelos critérios adotados no julgamento em destaque, foi amplamente difundido como elemento desse princípio – a concepção ou fecundação. A concepção é a união entre o óvulo e espermatozóide. Mas a grande indagação é a que vem sendo dimensiona pelos espiritualistas, pois se temos noção que a célula se contitui num adminículo do organismo humano, como poderemos ter certeza de que ela já não significa uma vida?
O fato é que indepedentemente dessas indagações, que são próprias de nossa insignificância se cotejada com o poder de nosso Grande Criador Universal, temos de dar importância a uma outra descoberta que emerge paralela à discussão da Células-Troncos Embrionárias que são originadas do feto. A outra pesquisa que me refiro é relacionada com a Células-Tronco Adultas, que podem ser extraídas do próprio organismo doente e que denotam mais segurança no meio médico, primeiro porque impedem a chamada rejeição do organismo e segundo porque afastam essa discussão de cunho filósifico pairado em torno do início da vida humana.
O grande trunfo de toda essa discussão é a notável evolução em torno da medicina que sem sombra de dúvidas vive um momento histórico no que diz respeito à sua capacidade de enfrentar as inúmeras doenças que fazem perecer milhares de seres humanos.
Enfim, em que pese todas as divergências, não há dúvida alguma que num futuro próximo a medicina dará muitas respostas que hoje só ficam na indagação. Cabe a todos nós – independente de nossas convicções filosóficas – apoiar esse avanço tecnológico com muitas esperança de que os cientistas – além de sensatos – respeitem as ideologias e as crenças inerentes ao dom da criação, para que as soluções médicas para os males do corpo possam estar espelhada numa discussão democrática, saudável e próxima das expectivas que o lado metafísico vem exigindo nesta breve e efêmera passagem, já que o próprio Criador nos deu o apego à vida material como elemento de nosso crescimento como espírito.