Desligue o celular

Existem pessoas que utilizam o celular a trabalho e não podem abrir mão dele para não perder negócios e dinheiro. Eu reconheço que, atualmente, o telefone móvel tenha uma importância imensa por facilitar a vida de todos, mas existe um limite que, quando ultrapassado, pode gerar alguns problemas em família.

Por diversas vezes eu vivo e presencio situações em que o telefone toca em momentos extremamente inconvenientes. E as pessoas atendem, afinal, não podem perder oportunidades. Através do celular se pode ganhar muito mais do que se imagina.

Eu penso que cada um de nós deveria decretar alguns momentos de liberdade desse aparelho e dedicar a atenção à família. Hora do almoço, dias de folga, noites e momentos íntimos deveriam ser as prioridades.

Um pai que está passeando com os filhos no parque deveria desligar o celular, um marido que está almoçando com a esposa deveria fazer o mesmo. Uma mãe que está em casa à noite, deveria brincar com os filhos, assistir a um bom filme com o marido e deixar desligado o telefone. Esses momentos poderiam ser aproveitados ao máximo para relaxar, para saber como foi o dia da família, o que tem acontecido de importante ou simplesmente trocar beijos e abraços em silêncio.

É impressionante o número de pessoas que eu vejo almoçando e falando ao celular, interrompendo uma conversa descontraída com um amigo pelo mesmo motivo, deixando a esposa falando sozinha e os filhos se matando por causa de um brinquedo. Afinal, que se matem os meninos, o importante é lucrar e o telefone é a fonte de dinheiro. E na pior das hipóteses, a mulher deixada de lado, pode descobrir do outro lado alguém menos ocupado.

Hoje mesmo eu iniciei um movimento anti-celular aqui em casa. É irritante estar almoçando com alguém que fica atendendo ao telefone o tempo todo. A partir de agora, aparelho desligado na hora do almoço, na hora do filme, na hora de dormir e na hora de fazer amor, principalmente. Hoje a minha paciência se esgotou. Espero conseguir resultados, antes que apareça aquele alguém menos ocupado.

Raquel Corrêa
Enviado por Raquel Corrêa em 03/06/2008
Código do texto: T1017888
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