Nós e nossas escolhas- Razão e coração

E cada vez mais nos conscientizamos-nos da responsabilidade de nossas escolhas,como num imenso fluxuograma,cada atitude que tomamos nos leva a outras possibilidades,e na vida não é diferente,porém as perspectiva viáveis e com possibilidades de acertos não são tão claras.

Somos essencialmente movidos pelo coração,ainda que não queiramos,somos.Ainda assim,mesmo que vivamos cem anos,no último momento ,no último suspiro,sonharemos com este grande amor,cantado em versos e prosas pelos poetas. Talvez ai,entendamos porque que aqueles que escrevem,sofrem ou percebem mais que os outros, é pela sensibilidade de sentir e sorver este amar em tão grande intensidade.

E a vida seguindo seu curso,onde cada dia é como se fosse uma página de uma livro.Só que não temos o acesso da página seguinte,mas mesmo assim não deixemos escrever ou viver. Quantos de nós movidos pelo desejo de alcançar esse amor e conduzido pelo seu parceiro a paixão, então amor e paixão juntas,quando batem a nossa porta,nos deixa sem a capacidade de ver e tão pouco racionar com clareza,onde soménte ela a paixão é que conduz a Nau de nossa vida,e não importa se há mares bravios e tempestades, se as velas estão em perfeita ordem, ou se o contra-mestre consegue conduzir esta Nau em segurança.E nós outros por mais engraçado que seja,estamos no timão.E entramos com toda a força de nosso coração nesta paixão, e quando conseguimos chegar no porto,nem sempre chegamos inteiro,abdicamos por vezes de uma vida,de toda uma história por esse tripulante que apaixonamos e de porto em porto vamos tentando reafirmar essa decisão,porém como na vida,as vezes as provisões começam a faltar,os mares com suas ondas traiçoeiras e as longas viagens fazem com que nosso grande amor,nosso tripulante tão especial ,não suportando tais provas nos deixa. E ficamos só, nós e o Navio e o mar e por vezes não há como voltar.

Mais complicado é quando continuamos nossa viagem e em outro porto encontramos um outro tripulante, e tentamos colocá-lo no lugar de nosso grande amor, e a cada porto que paramos lá esta ela,e sempre a vemos no céu como Gaivotas a voar,como estrelas a brilharem na noite escura e o sol na manhã radiante,mas temos que continuar, e ficamos ainda na esperança que a vida e o mar acalme-se e tenhamos coragem suficiente de abandonar esse navio que quer nos conduzir onde no fundo de nosso coração não queremos, e voltar aquela praia onde os coqueiros balançam ao sabor da brisa suave da manhã radiante e chegarmos diante desse nosso grande amor,toma-la em nossos braços e numa pequena embarcação,embora pequena,nos leve em segurança e em paz ao oceano de nossas verdadeiras realizações,ou conformar-se de passar toda uma vida de porto em porto vivendo de recordações e todas vezes que tivermos que singrar neste oceano de recordações não se importar com as lágrimas que teimosamente banharão nossa face....

Gilmar

Manhã de domingo junho/2008