TEM COISAS QUE SÓ ACONTECEM COMIGO

 

comigoOutro dia lendo uma crônica de Evelyne, uma recantista que gosto de ler, quase morri de rir (não estranhem o morri, sou exagerada), quando ela falou de sua falta de habilidade com certos equipamentos. Veio a minha lembrança minha total falta de compatibilidade com alguns equipamentos e outras coisinhas mais.

comigoComeça pelo computador. Sei o básico do básico, mas fiz a proeza de formatar meu micro. Tentando encontrar um programa mexi onde não devia e a coisa ficou complicada, não sei como apaguei tudo. Outra vez fui imprimir um material e quando percebi a folha que deveria estar indo, vinha em sentido contrário, juro que não fumei nenhum baseado, não tomei tequila, mas a folha começou a entrar e voltou, “deu ré”, ninguém acreditou, mas aconteceu. Eu sempre estou só quando essas coisas acontecem.


comigoTambém não sei mexer no som para mudar as funções, nem no daqui de casa, ganhei um som com mp3 pra meu carro e ainda não aprendi a ligar (mas isso eu consigo, é que ainda não tive tempo). 


comigoTenho minhas limitações ao volante. Uma vez eu estava indo pegar os meninos na escola e fiquei presa num engarrafamento. De repente senti o carro “pular” para frente, segurei firme no volante para não ser arremessada contra o mesmo; não bati no carro da frente porque tenho o hábito de parar com uma boa distância, sempre maior que o “normal”. Quando consegui chegar ao colégio contei o que tinha acontecido e meu filho mais velho, sempre muito prático disse: “mãe isso é um carro, não um cavalo para sair pulando, o que a senhora fez de errado”?

comigoEu não tinha feito nada, dessa vez eu era inocente, embora eu mesma tivesse pensado nisso assim que aconteceu o estranho incidente. Contei para meu esposo que estava viajando e ele com toda paciência disse: “minha filha, carros não saem pulando, você deve ter tirado o pé da embreagem”, mas eu sabia que não tinha tirado. 


comigoQuando ele chegou de viagem, dias depois, perguntou onde eu havia amassado o pára-choque traseiro do carro, não soube responder, nem sabia que estava amassado. Então ele, muito experiente, perguntou como tinha sido a história do “pulo”. Conclusão, haviam batido na traseira de meu carro e eu nem percebi, imaginei que tivesse feito alguma barbeiragem. 

comigoOutra vez estava indo deixar os meninos no cinema e vinha um caminhão em sentido contrário dando sinal de luz, olhei em volta não percebi nada anormal, me perguntei em voz alta: o que este motorista está avisando? Meu filho caçula disse:  “mãe a senhora está com todas as luzes apagadas”. Era noite. Tirando de esquecer de acender os faróis e não perceber quando batem em meu carro, sou uma motorista muito atenta, péssima, mas muito cuidadosa. Nunca fechei o carro com a chave dentro.


comigoAh e tem as cenas constrangedoras patrocinadas pelo esquecimento. Como já falei em outra crônica, tenho mania de bolsa e nessa de trocar a bolsa na hora de sair acabo esquecendo alguma coisa (leia-se aquilo que não poderia esquecer). Outro dia fui ao supermercado, fiz a feira, passei no caixa e na hora de pagar descobri que não levara a carteira. Tive que ir falar com o gerente, explicar a situação e pedir que segurasse a feira enquanto eu ia em casa pegar a bendita carteira. Também acontece de ficar horas na fila e quando chegar minha vez descobrir que esqueci os boletos e contas para pagar.  


comigoQuando fazíamos o pagamento dos funcionários em espécie, meu sobrinho era o responsável pelo saque do dinheiro. Um dia, depois de quatro horas de fila, ele entregou o cheque ao caixa e ele perguntou: vai depositar em qual conta? Não, é para sacar, respondeu ele. Desculpe, mas está cruzado. Ele, que não é muito paciente, voltou uma cara de poucos amigos e disse: escurinha (é assim que ele me chama), você cruzou o cheque. Pedi desculpas, fiz um novo cheque e ele voltou em disparada para o banco.

comigoÀs 17 h chegou ao caixa. O caixa riu e disse: seu patrão está querendo lhe punir. Eu havia esquecido de assinar o cheque, mas ele também poderia ter conferido. Ficou combinado que no dia seguinte ele não pegaria fila. E eu tive que me desculpar com os funcionários que tiveram que esperar seu pagamento até o  dia seguinte.
 

Sempre que faço uma dessas meu filho mais velho diz: mãe acho que aquele alemão (Alzheimer) anda visitando a senhora. Será?  

 

 

Ângela M Rodrigues O P Gurgel
Enviado por Ângela M Rodrigues O P Gurgel em 31/05/2008
Reeditado em 07/05/2013
Código do texto: T1013774
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