CANTO DE MENINAS TRISTES

Canto de menina triste

Ao entardeceer, ouço canto

Que não entoam cantos, e sim,

um ego quase que agonizante

ingênuos corações tristes

muitas vezes em soluço palpitante.

São elas pobres meninas dos;

Porto e Valadão, que indefezas na

sua pequenez, buscam nos restos mortais

da claridade, enxugar suas vestes em cores

porém, já sem cor.

Simples vestidos rasgados ligados ao corpo,

pelo o próprio suor, odoroso em si mesmo.

Que do corpo pouco pode esconder.

Cheiro de coisas do mar , sendo amaresia

o seu perfumar.

Esconde no olhar de meninas tristes

a meiguice e a beleza natural

o ardente sublime desejo de viver.

Pelas ruas largas ou estreitas sempre

em canto triste, que se alongam noite a

dentro, vão elas a cantar.

O medo, a incerteza; são os elementos

predominantes do seu constante infeliz

viver. Externam um sorriso aparente.

Contudo;lê-se em seu semblante a

amargura advinda deste doloroso viver.

Pobres meninas, com pratos espalmados

a mão ou posto á cabeça. Vão elas a gritar.

Olhe o búzio, a ostra, marisco cozido,

Frutos do mar, quem quer comprar!

De porta em portas sempre agrupadas.

no disface da vida. Cantando a cantiga.

Sempre a replicar; olhe o búzio, a ostra,

marisco cozido, quem quer comprar!

E assim, é a vida afora desta pobres criaturas,

dias, meses e anos, sempre a gritar.

Despresíveis é o teu canto por todos os olhares

Abrigo verdadeiro coisa dificil de encontrar.

Pobres criaturas, dócil ternura tristeza no olhar.

Cedo aprendem a vivenciar, o regime da noite,

e dos frutos do mar, o cheiro abusar.

Agora, corpos crescidos e bonitos,

em simples vestidos. Porém, escondidas

buscando refúgios nas luzes coloridas.

Nutrem as fantâsias de uma vida, sem vida.

Não gritam mais seus; Búzios, ostras, e mariscos,

em canção de amor,se afogam em bebidas,

ostras, búzios, mariscos, são para elas agora,

simples tira-gostos.de um labutar da vida

já a tempo esquecido.

Aqui fica um sentimento de apelo para uma reflexão,

aos que se dizem, responsavéis pela cultura educação

e o direito integmoral do ser humano a sociedade.

AUTOR R. SOARES. BLOGSOARESPOETA.ZIP.NET

Raizes da vida
Enviado por Raizes da vida em 31/05/2008
Código do texto: T1013612
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