....... NA CIRANDA DAS MÃOS !

De longe já se podia ver a multidão. Para aquele povo todo tá num lugar só, não deveria ser coisa boa. Aumentei os passos, morando num lugar desses, passei a me preocupar. Domingo, cachaça a rodo, sol escaldando, tudo era favirável a sacanagem. Cheguei. Logo pude ver a viatura. Apróximei-me. Pude notar o "quimíco", sentado no banco de tráz. Pela aparencia que não estava nada boa, ele deveria ter apanhado o suficiênte prá deixar a metade da alma por alí mesmo.

Busquei informações com os mais chegados. Nos relatos, "quimíco"(Eu sempre o chamei assim, desde quando aluno meu foí na quinta série. Ele costumava práticar pequenos furtos nos mercadinhos da área. Só roubava perfumes. Vendia-os por qualquer valor, precisava sustentar o vício do "craque". Taí o apelido de "quimíco"). Ele foi confundido com um "assaltante pés de chinelos", que costuma atacar meninos e garotas, para lhe surrupiar qualquer valor ou objetos. Mais como espancar "quimíco" desssa forma? ele é tão franzino, tão fraco, não mete mêdo em senhor ninguém. Por ter sido confundido, quase o mataram. Deve ser reixa. A mãe dele me procurou. Pediu-me que o ajudasse a saír da 2@ DP. Liguei para o gabinete. Precisava conseguir um advogado.(Sou filiado ao PCdoB, por lá temos alguns advogados sempre de plantão).

Fui a delegácia com sua mãe. Ápos algumas esplicações, "quimíco" foí liberado. Iria precisar conversar com os agressores para evitar uma outra enrascada. Eu me prontifiquei a intermediar as converssações. Ele disse-me que ter sido algemado doeu mais que as pancadas.(Ele não tinha registro de entrada na DP). Prometeu dá um tempo. Iria tirar umas férias na casa de parentes, se recuperar. Fiquei com pena de "quimíco". Ele estava, como sempre gostou de andar, cheiroso, cheio de muito perfume. E que perfume!.