Tudo vale a pena se a ligação não é pequena
A História se repete e a Literatura: veículo deste movimento não foge a regra, uma renasce noutra tal qual a fênix, o Trovadorismo (1189 ou 1198) português após um período secular de incubação, rompe fronteiras, atravessa o Atlântico e pousa com asas d'ouro, do lado de cá, no Brasil, sob a forma de música popular: Ronda ( de Vanzolini), Pássaro Ferido (Fafá de Belém),fazendo o embalo e deleite de toda uma geração; os autos medievais de Gil Vicente, nos tempos contemporâneos, só que, com vestimenta nova, ressurgem nos autos da Compadecida, Vida e Morte Severina, levando o leitor ou expectador ao riso e compaixão, depois impacto ao perceber, que está embutida uma crítica sobre os poderes constituídos, sacudindo a massa popular para a ação, ganha os cinemas, alguns, alargando os horizontes culturais do Brasil que envolvidas pelo vento que aqui faz redemoinho, elege personagem central da Literatura Brasileira, o mito do "Bom Selvagem'', (Rousseau) o índio, e, a mulata do Brasil, ímpar no mundo, a dama de honra do saudoso Jorge Amado. No ir e vir, o mito do sebastianismo vem nas personagens: Antônio Conselheiro, Lampião e volta no povo sertanejo, da seca que literariamente eram omitidos, emergem nos Euclides da Cunha, Rachel de Queiroz, mostrando a outra face do Brasil, em Portugal é seguido por Fernando Namora, Alves Redol. A ralé, os excluídos, com eles vêm á tona, "antes mais cômodo falsear-lhes as análises do que como dantes que lhes caíssem sob os olhos", fazendo valer a pena porque a ligação não é pequena