NÃO DEVIA SER ASSIM...(IV)

NÃO DEVIA SER ASSIM... (4)

do livro FOLHAS SOLTAS

CHEQUES EM MERCADOS

Quando você está dando um cheque no caixa do Mercado tem alguém, um ou dois elementos, marcando os dados: nome do banco, do emitente, número do cheque, quantia... Você dá o cheque e vai embora tranqüilo.

Pouco depois, alguém vai ao mesmo Mercado e resgata em dinheiro o seu cheque.

Ninguém duvida da veracidade da operação, pois o elemento sabe tudo do cheque e, como vai pagar à vista, o dono do Mercado acha ótimo! Seu cheque será trocado em outra empresa com o valor adulterado. Isto poucas horas depois de iniciado o processo. Sem falar nos golpes insistentemente divulgados pela polícia como o golpe do bilhete, o paco, e tantos outros.

O SURDINHO

O surdinho é um moço bem arrumado. Mora numa cidade próxima. Mas vem à noite, principalmente nos restaurantes.

Outro dia - não consegui evitar - minha mulher deu dez reais ao simpático rapaz surdinho.

Ele mostra um desgastado papel da polícia atestando a sua deficiência e que o mesmo precisa comprar um aparelho de surdez. Até aí nada demais, não fosse ele meu conhecido de alguns anos e que até agora não conseguiu juntar o suficiente para comprar o aparelho!

E notem: ele não pede um real. Pede dez!

BIFE COLADO NA PERNA

Conheci um senhor em Itajaí nos idos de 57 e depois de muitos anos o revi em Cascavel. Vivia com uma ferida feia na perna.

Não era ferida: era um pedaço de bife, com bastante mercúrio por cima.

Você olha de relance e dá logo o dinheiro solicitado!

(No próximo capítulo - que espero seja o último, a não ser que eu caia em mais algum golpe - vou falar sobre a velhinha que mora longe e seu golpe da passagem. A seriedade das firmas reconhecidas em Cartório você conhece? Não? Vai conhecer no próximo eletrizante relato!).

DONATO RAMOS
Enviado por DONATO RAMOS em 26/05/2008
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