LIVRE-ABÍTRIO

LIVRE- ARBÍTRIO

Podemos ser bons ou maus. Se alguém se tornou ladrão, ou um delinqüente qualquer, não venhamos pôr a culpa na sociedade, nem em Deus. Muitos expoentes do cenário mundial nasceram em famílias carentes. Para os cristãos, Jesus nasceu numa manjedoura e criou-se como pobre: “As raposas têm suas tocas, e os pássaros, seu ninho; mas o filho do homem não tem um lugar onde descansar a cabeça.” Ainda assim, não invadiu casas ou nenhuma outra propriedade alheia.

Não fosse o livre-arbítrio que temos, seríamos apenas marionetes controladas pelo Governo ou pelo Criador do Universo, para aqueles que acreditam que somos obras da criação divina.

O Deus de minha fé conhece-me muito mais do que conheço a mim mesmo. Ele conhece onde é sua “rachadura” e sabe onde está a fraqueza. Sabe quando batemos de frente contra as forças do mal, e os danos que nos podem causar. Conhece os traumas e as feridas que o inimigo deixou em cada um nós. Não só conhece, mas se oferece como remédio para curar as feridas e libertar a alma das cadeias do pecado.

E você pergunta a mim onde estava Deus que não o impediu de cair na desgraça das drogas e da corrupção. Ele estava a seu lado, em todas as situações por que passou. Estava ali, naquele dia em que experimentou o primeiro cigarro de maconha e bebeu o primeiro gole de bebida alcoólica. Ele tê-lo-ia impedido de cometer essas ações, mas, se o fizesse, você não seria uma criatura feita à imagem e semelhança de Deus, e sim uma marionete controlada pelo Criador. Por isso, deu-lhe a liberdade para que você mesmo escolha o caminho. Você escolhe caminhar na luz ou nas trevas. Embora mostre o verdadeiro caminho, Ele não o obriga a seguir por ali.

Ele não quis interferir naquele dia em que você chegou drogado, espancou seu pai e sua mãe e arrancou-lhes o último dinheiro que tinham. Você tirou-lhes o dinheiro de comprar alimento e remédio e pagou com ele a droga que consome. Ele viu-o esfolado, naquela madrugada de final de semana, e percebeu sua mãe esperando-o com orações, pronta para aquecer o almoço que você não veio comer ou o jantar a que não compareceu. Viu as lágrimas de sua mãe e, por isso, Ele desviou os dardos lançados contra você; nenhum deles o feriu gravemente. Viu as lágrimas maternas e disse a Agostinho: “É impossível perecer um filho de tantas lágrimas!”

A tentação vem sob forma de sugestão, e a sugestão é acompanhada de certo atrativo enganador. É preciso lutar; contudo, às vezes, falta-nos coragem, ou simplesmente decisão, de enfrentarmos a batalha, porque o inimigo é invisível e não parece ameaçador. Não há tentação maior do que a de não tentar vencer as más inclinações da ganância e dos vícios.

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DA OBRA: SENDA DE FLORES E ESPINHOS ( Adalberto Antônio de Lima)