SIM. POR QUÊ NÃO, O NÃO?
SIM. POR QUÊ NÃO, O NÃO?
DONATO RAMOS
do livro FOLHAS SOLTAS
... EU RESPONDO: O Paulo Sasso (meu amigo e dono de Livraria em Cascavel, Paraná) estava fazendo boca-de-urna, naquele domingo, dia do “reverendo”.
Encontro-me com ele, no corredor do colégio Wilson Jofre:
- NÃÃÃÃOOOOOO...! Você por aqui...! Já votou?
- NÃO. E você?
- Também NÃO. Sua mulher já votou...?
- NÃO. NÃO deu pra vir pela manhã.
- Que horas vem...?
- NÃO sei!
- Mudando de assunto, diz o Paulo, você ainda NÃO arrumou apartamento em Florianópolis?
- NÃO, digo eu. NÃO consigo casa nem apartamento que se coadune com o que posso pagar. NÃO tem jeito!
- Já NÃO sei se vou ou NÃO vou pra lá neste ano.
Chega outro amigo que também NÃO votou:
- Vocês NÃO estão fazendo boca-de-urna, NÃO?
- Claro que NÃÃÃÃÃOOOO! Dizemos em coro. NÃO sabe que é proibido?
- E a Dalila, minha mulher, NÃO agüenta e desabafa:
- Vocês dois NÃO têm jeito mesmo!
- Acho que NÃO mesmo!