Amor Não É Só Sorriso
Falta-me amor de mãe. Falta-me mais paciência.
Ouço isso todos os dias de várias pessoas que não conhecem a realidade de ser mãe — principalmente mãe solo.
Daquelas que precisam sair cedo. Estou falando bem cedo, às quatro da manhã.
Levar o filho para a babá cuidar, trabalhar o dia inteiro, voltar, pegar o filho, arrumar a casa, fazer comida.
Quando o filho adoece, levar ao médico, voltar para casa e, muitas vezes, ainda ir trabalhar novamente.
Nem sempre o amor de uma mãe está presente no sorriso.
Ele está no cuidado com que ela conduz a criança pela vida.
Às vezes, os que distribuem sorrisos não estão ali para cuidar do essencial.
O papel é dos dois — pai e mãe —,
mas o “sorrisinho lindo” costuma ficar com o pai que aparece de vez em quando,
enquanto a “cara de brava” fica com as mães que fazem o trabalho de máquina pesada.