UMA TARDE ATRAPALHADA
Todos os meus "chegados" sabem que sou o Campeão Mundial em Pegar Ônibus Errado. Pois bem, no último dia 29 de outubro acordei depois das 11h. No Whatsapp uma mensagem do rábula Arnildo me avisou que o professor Rodrigues Neto havia falecido. Apressado, me arrumei e fui ao velório - sem imaginar que teria tantos aborrecimentos. Passei à tarde todinha aguardando o defunto aparecer (sem trocadilho). Eu e "meia-dúzia" de três pessoas, se não me falha a memória. Às 16h alguém avisou - por telefone - que o corpo ainda estava no SVO (Serviço de Verificação de Óbito), ao lado do Hospital Giselda Trigueiro, ali na "fronteira" do bairro do Alecrim com as Quintas. Peguei um ônibus da Linha 75 e rumei para lá. Acontece que eu não sabia que aquele ônibus vai da "caixa bozó" para "caixa prego". O "infeliz das costas ôca", ao invés de descer a Mário Negócio, desceu na Avenida 12 e subiu a Avenida 4 na direção de Lagoa Seca, só parando na Avenida 9 com a Avenida 3, em frente a Vila Naval. Fui a pé uns 2 quilômetros na direção do hospital. No caminho a natureza reclamou que eu estava sem comer nada "dérna" do dia anterior. Então parei na esquina da Avenida 4 com Avenida 11, onde existe uma milenar padaria que funciona, também, como self service. Extremamente contrariado, sentei à mesa e, sem perceber, fiz tudo ao contrário: primeiro tomei um "caldo da caridade", depois um café com pão assado e, por fim, cuscuz com paçoca de carne de sol e macaxeira cozida. Detalhe: não consegui me despedir do amigo falecido. No SVO fui informado que o corpo já havia ido para o local do velório, então eu voltei para casa completamente arrasado.
Chico Potengy. 🌵
Texto de 07 de dezembro de 2022 - o dia em que, finalmente, tive a coragem de relatar o desastre acima. Ou seja: foi uma experiência tão desastrosa que, como pode-se ver pelas datas, levei mais de um mês para relatá-la.