Salários defasados
Hoje dialogando com meu esposo, que meu salário base, após aposentadoria é de R$ 3497,11, daí ele comentou que o salário de um motorista, da empresa na qual trabalha é de R$ 3700,00 (Três mil reais e poucos), daí fico a pensar: Como é a situação do professorado paulistano, que estuda, investe em seus estudos, ministra aulas, por 25, 30, no meu caso 33 anos, na luta, para tirar menos que um motorista de ônibus?! Que loucura é essa? Sei que os motoristas, por carregarem vidas, deveriam também ter um melhor salário. Mas, otários somos nós docentes, indiferentes estando na ativa ou não, ter um salário tão defasado, que mal dá para o dia a dia. Fica difícil, e o nosso compromisso com a educação, não cessa na aposentadoria não. Eu ainda luto, por uma educação, mais inclusiva, claro que com suporte psicológico tanto para as crianças, quanto para os docentes e agentes de organização, como luto sem ser sindicalizada a nada, por salários dignos, viu senhor Tarcísio? Nós professores devemos ser mais valorizados, e o senhor rever a questão de como era antes, para os eventuais, pois do jeito que o senhor coloca hoje, tirando o concurso para efetivos, privatizando a alma, assim, não dá não. Peço que a população, também, não vá por aí xingando o professor, querendo ser violento, trate também de expressar educação. Pois, todos passam por um professor, seja o policial, ou o bandido, seja o rico, ou o pobre, seja negro, ou branco, todos que foram meus alunos, tiveram o mesmo tratamento, não vou menti, tinham alguns que até hoje me marcaram n'alma, serão inesquecíveis.
Vamos todos lutar por condições salariais melhores na Educação.
Pais, nos ajudem nessa empreitada. Paz e bem.
Professora e escritora Teka Mendes Castro