Eu e a farda.

E lá como rezava á pátria amada lá estava eu, no 12º Grupo de Artilharia e Comando, do ano de 1976, eu por um olhar fixo e travesso de um comandante, no agrupamento de centenas de jovens. Ganhando assim uma lista de compras, agulha, carretéis de linhas verdes, escova para sapato e roupa uma pasta preta etc.

Então minha primeira chegada, cabelo cortado, barba feita e em posição para ouvir o comandante, alinhado com equipamentos, de som e bandeiras. "Assim, fui chamado as provas". Pelo que entendi as regras me levaram as salas de provas depois de alguns dias. Lá alguns fardados que não reconheci suas patentes, por desconhecimento na época, fala auto em bom som, para uma plateia sentada que estimo de uns 20 á 30 "alunos". Interessante, um comandante fazia parte dá farda dos responsáveis dá prova naquele instante.

_Virem a prova e responda, bom sabíamos do gabarito e sabíamos ter de ser exatos.

Agora imaginem um sujeito, avesso ao ocorrido em 1964, estando expulso de uma escola pública, se refugiando, instintivamente evitando confronto, embora haja registro, onde houve confronto com trocas de renomados, entre eles o Papa dá época permitiu murro meu, com soldados indo ao chão, enfrentando aquela citação.

Então chegaram as provas, o cronometro acionado e eu despreocupado quase esperando ter de errar todas as questões, más uma questão, envolvendo Emilio Garrastazu Médici, me chamou á atenção. Pois sabia do envolvimento dá família Médici na criação dos bancos e dos seus juros, levando á morte pela forca, de um dos integrantes dá família, este envolvido em juros do dinheiro pego nos becos de Veneza Itália, dás mãos de Judeus, onde seus parentes, mesmo sabendo dá criação do "Banco", que domina hoje o mundo, não teve como se opor.

Logo me interessou responder o que sabia. Bom consegui responder as questões á contento, bom de lá fui chamado á uma sala de entrevistas, onde um Jovem de boa conduta me convenceu responder as questões e procedimentos sem questionar.

Então me entrega uma maquina Remington antiga, folhas de sulfite, e passo a digitar o que me foi pedido, claro lenta, más compassadamente. Más no meio dá digitação, o soldado me aborda e pergunta onde havia aprendido escreve, que respondo prontamente, que havia trabalhado por quase quatro panos para fulano de tal em seu escritório.

Pode parar, você esta aprovado e servirá par nos mandar noticias. Bom sem entender bem á extensão daquela fala, paro e saio dá sala aliviado.

Más assim que me encontrei com amigos no pátio, passei a ser chamado de coringa, e até os cabos e soldados passaram me chamar assim. Não me incomodou, más me acendeu um alerta pelas expulsões escolares e, minhas posições contra a ditadura.

Então fui chamado ao ambulatório, e mais perguntas, e mais questionamentos, embora tenha errado na questão dá injeção pleural, que confundi com á subcutânea, passei com louvor.

E fui buscado por soldados, que me levaram até um Jipe wilans, com três marchas para frente, sendo a primeira para baixo e também passei pelo castigo, Más ainda havia á oficina, que no quesito solda perdi para outro soldado, é que minha solda em uma chapa plana resolvi fazer uma solda meia lua. Bom neste interim soube meu pai entrar com um pedido de "Arrimo de Família", até que um dia após um mês ou mais chegando em casa, vejo um jipe e dois soldados, um empunhando uma metralhadora ponto 50 na carroceria, e passaram por mim sem ao menos cumprimentar.

Então iniciou á perseguição, vindo do Paiol, caixas de fuzil nacional o FAU, estava sendo trocados pelos mosquetões, onde alguns Recos, munidos de garrafas de expeli pintavam números nas coronhas. Bom fui locado na primeira bateria, bateria de serviço, e assim que terminei alguns dos afazeres fui até á sede dá bateria, logo abaixo próximo ao pátio, lá enormes caixas contendo fuzis e serragem de madeira estavam sendo entregues para numeração e registros. Eu chegando mais ainda distante notei um oficial, segurar um fuzil FAU pelo meio e atirar ele na minha direção em uma distância com certeza mais de metros. No instinto prevenido que estava não foi difícil interceptar o fuzil antes que me atingisse e fosse ao chão. Então em um instinto de raiva tomei o expeli das mãos dos futuros soldados dá minha companhia e gravei o número do fuzil .

No outro dia de manhã fui convidado e passar o dia debaixo de uma arvore próximo ao refeitório, depois do almoço um corneteiro se alojou embaixo dá arvore junto de mim sem me falar nada, então passou a irritantemente á tocar todos os toques e hinos na corneta, e fiquei acuado como uma onça, e ele não parava.

Más fui convocado a estar próximo a um agente que me explicou, você estará entre os vintes a ser chamados, acaso ocorra algum soldado contrair ou ser descoberto com sífilis, ou outra doença contagiada, vamos por fogo em sua farda e em seu cocham e você será chamado para vaga. assim passei até os quarenta anos com um documento sendo vistoriado todo ano, até completar quarenta anos e extinguiram este documento

Creio não ter sido uma despenca, mas me pareceu ser mais um parto deste brasileiro

Kiko Pardini
Enviado por Kiko Pardini em 22/11/2024
Código do texto: T8202489
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.