NÃO É LEMBRADO
Francisco de Paula Melo Aguiar
Quem não está presente não é lembrado mesmo, assim como, não estar presente para não ser lembrado de propósito ou não diante da falta de finalidade.
E isto é análogo a falta de solidariedade nossa com às pessoas mais próximas, porque são elas mais emotivas e transmissivas do que pensamos e falamos no nosso dia a dia.
A solidariedade faz parte das três grandes festas que ocorrem em todos os níveis e formas ou classes sociais e familiares: casamento, batizado e enterro.
Isto mesmo, no casamento se projetam dois indivíduos ao mundo dizendo que estão felizes e vão construir juntos o que pensam em nome do "amor" ou do "interesse" que liga a ambos. No batizado acontece o "arrependimento" natural dizendo em quem "crer" para entrar no reino do céu e no enterro ninguém escapa igualmente dele, não tem como fazer uma procuração para mandar outro no lugar do chamado ou escolhido para entrar no céu pelo "dono" de tudo Deus.
Uma certa vez em conversa com um ex-empregado que foi durante décadas para o ex-patrão que acabara de falecer, ele disse, não tem rico, pobre ou enxirido, todos morrem e tem que enterrar a "banana" que apodrece mesmo de qualquer jeito, fazendo ar de riso para virar pó.
Por outro lado, ressaltamos de que o espírito entra no óvulo no momento que ele é fertilizado, ex-vi o Evangelho de João, capítulo 1, versículo 4.
E isto é fato, não um simulacro como assinar o que não leu porque "em algum remoto rincão do universo cintilante que se derrama em um sem-número de sistemas solares, havia uma vez um astro, em que animais inteligentes inventaram o conhecimento. Foi o minuto mais soberbo e mais mentiroso da "história universal": mas também foi somente um minuto. Passados poucos fôlegos da natureza congelou-se o astro, e os animais inteligentes tiveram de morrer. - Assim poderia alguém inventar uma fábula e nem por isso teria ilustrado suficientemente quão lamentável, quão fantasmagórico e fugaz, quão sem finalidade e gratuito fica o intelecto humano dentro da natureza", segundo Friedrich Nietzsche, in.: "Sobre Verdade e Mentira no sentido Extramoral", publicado em 1873.
Ah! A danada da mentira, assim como a verdade tem pernas curtas, por isto que a balança, símbolo da justiça tem dois pratos, ambos são fiés balançadores dos momentos existênciais do id, do ego e do superego dos indivíduos indistintamente falando, porque não é a distância que afasta os indivíduos, é o tanto faz.