O Social tão pessoal.
Olha só, pra mim as saudades me chegam pela admiração, diferente das lembranças que também as temos.
Hoje me pego com saudades dá minha cartilha, ou talvez daquele tempo magico de ir para escola. É que a cartilha tão cheia de paginas, mau coloridas e com suas letras pretas me punha tão distante do saber, mas mesmo assim eu a folhava e mesmo sem saber me animava.
Não sei o porque nunca tive tantas lembranças assim com os brinquedos, más a cartilha pra mim tinha uma magia, o de mostrar o tempo me sabendo aprovado ou não no fim do ano. E á folhando sonhava em saber como os adulto.
Más apesar destas satisfações e sonhos, á escola não me foi assim tão companheira, apesar de ir e estar sempre atento.
Até que chegou á hora e resolvi, não ir mais a escola e, olha isso já faz muito tempo. E bom, os horários escolares mudavam muito, em virtude de qual escola estudava, ou que ano prestava. Assim o não estudar não me preocupou no quesito horário, até convivi bem com á flexibilização. E dá flexibilização encontrei motivo também para sair de casa, como um aventureiro aos quatorze anos, contratado para trabalhar na lavoura e fiscalizar os implementos agrícolas.
Então passei aprender arar o chão, conhecendo gente nova os tornando companheiros. Apesar de só nos vermos em troca de turno. Neste mundo desconhecido até então aprendia á gostar dá liberdade e vivia como se lá houvesse nascido.
As vezes na folga, areava um cavalo e seguindo pelo campo adentrava a mata, cheio de medo pela aventura, ouvia pássaros encantadores, animais frenéticos á passar por perto. Não, não havia como ignorar o bioma serrado com suas matas fechadas entre sítios e chácaras. O que pra mim era viver uma nova saudade como dá cartilha, aprendendo colher frutos desconhecidos, ou até nadando em rios e córregos.
Eh, existem mudanças na vida que nos marca com lembranças e dás melhores lembranças sempre haverá uma saudade.