NÃO ROMANTIZE AS FAVELAS!

O último censo do IBGE mostrou que há 16 milhões de brasileiros morando em favelas no Brasil. A favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, é a maior delas, seguida por outras como, por exemplo, Paraisópolis em São Paulo.

Ou seja, é muita gente vivendo neste ambiente: homens, mulheres, idosos, crianças, jovens e adolescentes que passam ou passaram a vida inteira dentro de uma favela. É como se fosse um país dentro de outro país, dada a quantidade de pessoas ali residentes.

Hoje, assistindo a uma reportagem no Jornal da Globo que mostrava a força econômica e empreendedora das pessoas que residem nas favelas, ao final, o âncora do jornal, o simpático César Tralli, sorrindo, dizia sobre o poder de pertencimento que os moradores das favelas orgulhosamente sentiam.

Embora haja muita gente que diga gostar de morar na favela, prefiro acreditar que a esmagadora maioria das pessoas, na verdade, se acostuma. Sabem por quê? Porque favela é quase um sinônimo literal de falta de saneamento básico, de segurança, de lazer, de sossego, de beleza arquitetônica, de abusos contra mulheres, adolescentes, tráfico de drogas etc.

É claro que há coisas boas lá também, como cultura, música (menos funk, rs), atos de solidariedade, diversão e, principalmente, gente trabalhadora e honesta. No entanto, os intelectuais das academias universitárias, os analistas sociais, os jornalistas, como o competentíssimo César Tralli (sem ironias), políticos, artistas etc. preferem romantizar, mas nenhum deles quer ir lá morar. 🤷🏽‍♂️

Danilo D
Enviado por Danilo D em 08/11/2024
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