É Hora dos Trabalhadores Se Mobilizarem Contra a PEC 66/2023

Desde 2016, com o golpe parlamentar dado no governo Dilma, temos assistido a um verdadeiro espetáculo de retrocessos de direitos aos trabalhadores no país. A começar pela famigerada Reforma Trabalhista de 2017, que, sob o pretexto de modernizar as relações de trabalho, nos presenteou com a flexibilização da jornada de trabalho e a prevalência do negociado sobre o legislado, até hoje um dos maiores mecanismos por gerar desemprego e precarizar as relações trabalhistas.

Mas, dizem eles, os papagaios tecnocratas, agora podemos negociar diretamente com nossos empregadores, como se estivéssemos em pé de igualdade. Pura bobagem para diminuir a liberdade de atuação dos operários.

E o que dizer da terceirização irrestrita? Antes, era limitada a atividades-meio, mas agora, qualquer função pode ser terceirizada. Isso significa mais precarização e menos direitos para os trabalhadores. E quem se importa com isso, não é mesmo? Afinal, somos apenas peças substituíveis na grande máquina do capital.

Não podemos esquecer da MP 905 do governo fascista de Bolsonaro, que instituiu o Contrato Verde e Amarelo, uma tentativa de reduzir os direitos trabalhistas sob o pretexto de gerar empregos. Felizmente, essa medida caducou, mas o estrago já estava feito. E o que dizer da reforma da Previdência de 2019? Trabalhar até morrer parece ser o novo lema.

Agora estamos diante da PEC 66/2023, instrumento que representa um verdadeiro retrocesso para os servidores públicos, retirando direitos arduamente conquistados ao longo de décadas. Com a aprovação dessa emenda, a idade mínima para aposentadoria aumentou, assim como o tempo de contribuição, resultando em trabalhadores que precisam trabalhar até os 70 anos ou mais.

Além disso, a PEC permite a contratação temporária e vínculos precários, precarizando ainda mais o serviço público. A estabilidade no emprego será eliminada, deixando os servidores à mercê de pressões políticas e demissões arbitrárias, comprometendo a imparcialidade e a eficiência dos serviços públicos essenciais como saúde, educação e segurança.

Diante de tudo isso, a única saída que nos resta são paralisações em massa, pressão presencial sobre o Legislativo. Precisamos nos organizar, unir forças e mostrar que não aceitaremos passivamente a perda de nossos direitos. Sindicatos, paralisações, manifestações, tudo isso é necessário para que nossa voz seja ouvida. Lutemos por um futuro mais justo, onde nossos direitos sejam respeitados.

23.10.2024

Dennis de Oliveira Santos
Enviado por Dennis de Oliveira Santos em 23/10/2024
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