POLIAMOR

E tal do Poliamor? O que você pensa sobre isso? - me perguntaram uma vez. Mal sabiam eles que eu já havia pensando muito à respeito. E por experiências próprias, poderia explicar exatamente. Mas aqui eu devo ser didático, até porque, não quero "induzir" ninguém a nada. Apenas informar e talvez trazer clareza para aqueles que possuem dúvidas do que se trata e se acreditam que se encaixam na definição ou não.

O Poliamor é uma forma de relacionamento íntimo e consensual que envolve mais de duas pessoas, com o conhecimento e consentimento de todos os envolvidos. Ao contrário de relações monogâmicas, que se baseiam em um vínculo exclusivo entre duas pessoas, o poliamor permite que cada indivíduo tenha múltiplos relacionamentos afetivos e/ou sexuais simultaneamente. Isso mesmo, junto e misturado.

Uma das principais características do poliamor é o foco na honestidade e na comunicação aberta entre todos os parceiros. Isso significa que os limites e expectativas são discutidos de forma clara, para garantir que todos se sintam confortáveis e respeitados. O poliamor se distingue de outros tipos de relacionamentos não-monogâmicos, como o relacionamento aberto ou a troca de casais, por dar ênfase ao desenvolvimento de laços emocionais profundos, além do aspecto sexual.

Muitas pessoas que praticam o poliamor ressaltam que essa abordagem permite maior liberdade para expressar o amor de maneira não restritiva. No entanto, assim como em qualquer outro tipo de relacionamento, o poliamor exige comprometimento, confiança e gestão das emoções, como ciúmes ou inseguranças.

Importante destacar que o poliamor não é uma "solução" para todos e pode não funcionar para quem prefere ou valoriza mais a exclusividade emocional e sexual. O mais importante é que as relações, sejam elas monogâmicas ou poliamorosas, sejam baseadas em consentimento mútuo, respeito e autenticidade.

O poliamor está ganhando visibilidade na sociedade de hoje, à medida que os conceitos tradicionais de relacionamento estão sendo desafiados e reformulados tempo após tempo.

Mas calma aí, isso aqui não é bagunça não, existem regras, grupos e subgrupos, e no poliamor, existem diferentes tipos de relacionamentos que podem variar conforme as necessidades e acordos entre os envolvidos. Separei aqui alguns exemplos de tipos de relações poliamorosas e se até você ler isso, já surgirem outros tipos, por favor, me contem.

 

1. Poliamor Hierárquico: Nesse tipo de relacionamento, há uma distinção entre os parceiros, com um relacionamento considerado "principal" e os outros considerados "secundários". O parceiro principal costuma ter prioridade nas decisões importantes, enquanto os relacionamentos secundários tendem a ser menos centrais. (Meio injusto!).

 

2. Poliamor Não-Hierárquico: Todos os parceiros têm a mesma importância emocional e prática, sem que um seja visto como mais significativo que o outro. As decisões são feitas com base nas necessidades e desejos de todos, sem priorizar um relacionamento sobre outro. (Acho justo e menos egoísta!).

 

3. Relação em V: Aqui, uma pessoa está no centro de dois ou mais relacionamentos distintos, mas os outros parceiros não têm uma relação entre si. Essa pessoa central é chamada de "ponto do V", enquanto os outros são os "braços" do V. (Um pouco confuso!).

 

4. Relação Triádica: Todos os três parceiros estão em um relacionamento entre si. Isso pode incluir três pessoas que estão todas envolvidas emocional e sexualmente ou uma relação onde os três têm vínculos diferentes, mas fazem parte de uma mesma dinâmica. (É tipo, um por todos e todos por um com seis mãos amigas).

 

5. Relação Quadruple ou Quad: Quatro pessoas estão envolvidas, e os relacionamentos entre elas podem variar. Pode ser que duas pessoas estejam em um relacionamento com outra dupla, ou que todas as quatro pessoas se relacionem de formas diferentes umas com as outras. (Muita informação nisso aqui, eu iria me perder).

 

6. Polifidelidade: É um tipo de poliamor onde todos os envolvidos concordam em serem exclusivos uns com os outros, sem buscar novos parceiros fora desse círculo. Isso pode acontecer em relações triádicas, em quadras ou até mesmo em grupos maiores. (Justo!!!).

 

7. Relações Solo-Poliamorosas: Nesse modelo, as pessoas se identificam como poliamorosas, mas preferem manter a autonomia, sem criar uma estrutura de relacionamento com parceiros "primários" ou "secundários". Elas podem ter vários relacionamentos, mas sem a intenção de se comprometerem em uma união tradicional, como morar juntos ou compartilhar finanças. (O famoso "pega geral" mesmo! Não vejo diferença mas se está enquadrado em um subgrupo, ok, vamos respeitar).

 

Esses exemplos que citei demonstram a diversidade de arranjos possíveis dentro do poliamor, que é altamente flexível e adaptável às necessidades individuais de cada pessoa ou grupo. O ponto comum entre todos é o consenso e a comunicação aberta.

 

O poliamor desafia as noções convencionais de amor e relacionamento, propondo uma nova forma de viver conexões afetivas e sexuais. Ele até nos convida a repensar um pouco a ideia de exclusividade, sugerindo que é possível amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo de maneira ética e honesta. No entanto, o poliamor não é sobre quantidade, mas sobre a qualidade das relações, baseadas no respeito, comunicação e consentimento mútuo. Se tudo vira apenas um pretexto para sexo sem conexões, se torna putaria, então acredito que seja melhor estar solteiro. Mas o mais importante é que, independentemente do tipo de relação, as necessidades emocionais de todos sejam respeitadas, e o amor seja vivido de forma verdadeira e autêntica, seja em um relacionamento monogâmico ou poliamoroso. Lembrando algo muito importante, o poliamor não é algo restrito ao vale, devo deixar isso bem claro. Existem heterossexuais poliamorosos, então não venham nos julgar.

Cada indivíduo deve encontrar a forma de amar que melhor se alinha aos seus valores e desejos.

Eu já encontrei a minha, e você, encontrou a sua forma de amor?

 

Deixo aqui também este poema que o entitulei como: 

 

AMOR SEM BARGANHAS

 

O amor não tem forma certa,

Não segue regras, nem veste moldura,

Seja monogâmico, ou em muitas vertentes,

O que importa é que seja uma escolha pura.

 

Não nos venham com dedos apontados,

Julgar o que não é de sua visão,

O poliamor é vasto, não tem dono,

Há heteros, há todos, sem distinção.

 

O mais sagrado em cada história,

Não é o número, nem o padrão,

Mas que haja respeito, e a verdade viva

No sentir profundo de cada coração.

 

Em cada abraço, em cada olhar,

Seja de um ou de mais de um par,

O que vale é a alma estar inteira,

É o amor ser livre, sincero, sem barganhar.

 

Eu encontrei o que me faz brilhar,

E você, já encontrou sua forma de amar?

Que seja a sua, que seja verdadeira,

Pois no amor autêntico, é onde se levanta nossa a bandeira.