Santinhos na ventania

Os "santinhos" parecem querer voltar para o Céu com a ventania. Afinal de contas, já cumpriram sua missão nas eleições de domingo passado. O sol e a chuva participam da brincadeira. Tem santinhos na porta das casas, das lojas, dos supermercados, santinhos molhados de sereno, chuva, cerveja e guaraná. Tem santinho usado até para higiene pessoal...

Conversando com o amigo Sérgio Augusto, lembramos que os "santinhos" são impressos que carregam o nome do responsável. O amável leitor teria alguma sugestão para evitar esse desperdício? Em tempos de Internet, será que os "santinhos" se justificam? Não seria mais econômico o envio por meio eletrônico? Esta é uma boa pergunta.

Para este ano, no entanto, o gasto já foi feito. Temos ainda a questão da higiene da cidade. Seria o caso de obrigar os partidos a limparem as ruas? Ou isso caberia aos panfleteiros? Qual a sua opinião?

Os partidários do "deixa-disso" dizem que, quando chover, a santaiada vai sumir. Outros, que, se acontecer isso, os panfletos vão entupir os bueiros, vão causar enchentes nas cidades, vão cair nos córregos, viajar pelos rios. Os exagerados dizem que essa invasão de sujeira pode causar guerras com os países vizinhos. Alegam - e têm um pouco de razão - que seu vereador e prefeito podem descer pelo rio Paraná, desde Minas, São Paulo, alcançarem o Rio da Prata até Buenos Aires, Montevidéu e até Punta del Este, nas praias do Atlântico Sul.

Estão certos? Estarão exagerando? De qualquer maneira, não acredito que no Céu tenha vaga para tanto santo.