Vítimas dos próprios crimes

Todos os dias em que vou trabalhar, passo, durante o percurso, por um novo loteamento que termina em uma área de preservação permanente por onde passa um córrego, e me espanto com a quantidade de restos de materiais de construção e lixos deixados na mata ciliar. Também é comum atravessar, nas ruas e avenidas, por locais onde a água desce por sobre as vias asfaltadas, muitas vezes em grande quantidade. Aos finais de semana, vemos vizinhos lavando suas calçadas (e, pasme!, até a rua) em frente suas casas.

Estes são apenas pequenos exemplos cotidianos, que acredito serem presentes na maioria das pessoas, e que mostram um dos motivos de todo o desequilíbrio climático que vivemos.

Já não bastassem a poluição do ar oriunda dos veículos a combustão, das fábricas; a qualidade baixa do ar por conta dos desmatamentos nas cidades e nas áreas rurais; as queimadas; o uso desordenado dos recursos naturais (que são finitos); ainda temos todos esses descasos ao nosso redor, e muitas vezes cometidos por nós mesmos, esta é a verdade!

Em resumo, se sofremos com este calor sem precedentes e com a seca histórica (ou enchentes no Sul do país), somos nós mesmos os causadores, em maior ou menor proporção, desta situação. Ou seja, somos vítimas dos nossos próprios crimes.

Joaquim Lutero
Enviado por Joaquim Lutero em 25/09/2024
Código do texto: T8159758
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