Vítimas dos próprios crimes
Todos os dias em que vou trabalhar, passo, durante o percurso, por um novo loteamento que termina em uma área de preservação permanente por onde passa um córrego, e me espanto com a quantidade de restos de materiais de construção e lixos deixados na mata ciliar. Também é comum atravessar, nas ruas e avenidas, por locais onde a água desce por sobre as vias asfaltadas, muitas vezes em grande quantidade. Aos finais de semana, vemos vizinhos lavando suas calçadas (e, pasme!, até a rua) em frente suas casas.
Estes são apenas pequenos exemplos cotidianos, que acredito serem presentes na maioria das pessoas, e que mostram um dos motivos de todo o desequilíbrio climático que vivemos.
Já não bastassem a poluição do ar oriunda dos veículos a combustão, das fábricas; a qualidade baixa do ar por conta dos desmatamentos nas cidades e nas áreas rurais; as queimadas; o uso desordenado dos recursos naturais (que são finitos); ainda temos todos esses descasos ao nosso redor, e muitas vezes cometidos por nós mesmos, esta é a verdade!
Em resumo, se sofremos com este calor sem precedentes e com a seca histórica (ou enchentes no Sul do país), somos nós mesmos os causadores, em maior ou menor proporção, desta situação. Ou seja, somos vítimas dos nossos próprios crimes.