Povo; é difícil...

Povo; é difícil...

Nortão do Mato Grosso. Colonização. O núcleo urbano já estava grandinho. Juruena. Mas ainda não tinha se emancipado, estava sob a administração da Colonizadora.

Botou um ponto de venda de caldo de cana; ali na frente do Posto Bancário. Báh! O bagaço de cana era jogado no meio da rua.

Juruena tinha um erro de arborização. Foi arborizada com Plátanos; O Plátano é arvore de região com as quatro estações bem definidas. No Outono as folhas secam e caem, passa o Inverno desfolhado, na Primavera rebrota. Pois em Juruena, naquele clima sempre quente os Plátanos “enlouqueceram” e perdiam folhas e rebrotavam e perdiam folhas... Na frente das casas era uma folhagem só. O povo varria, mas reclamava.

Vamos “Recolher o Lixo”. Vai a Vilhena compra arreios. Na Fazenda Porunga tem mulas. Na carpintaria faz a carroça. Escreve uma carta dirigida aos moradores, comunicando que três vezes na semana o lixo será recolhido....

Tche! As reações: Ora recolher lixo em uma vila! Tanta coisa para se preocupar. Ele já está pensando em ser Prefeito, quando emancipar. Depois inventam de cobrar taxa de lixo...

Essa merece destaque: Ele está de conchavo com o Dono do Supermercado, que é pra gente comprar sacos de botar lixo...

Dona Maria varrendo a frente da casa. Um carro de mão cheio de folhas. Sacudiu a vassoura:

- O Souza! O meu lixo eu enterro no fundo do pátio. O meu lixo é meu.

zesouzadois
Enviado por zesouzadois em 25/09/2024
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