Niver do Português

 

O Vapor da Confraternização tem se estendido aos aconchegos dos amigos, que generosamente, dividem seus ambientes, abrindo suas portas para celebrar mais um ano de vida. Desta vez, o palco da festa foi a casa do nosso ilustre amigo português, que se revelou um anfitrião de primeira.

 

E antes de mais nada, temos que falar da grande promessa do almoço: “Picanha na Panela de Pressão” — sim, ela mesma, falada em verso e prosa pelo nosso amigo Fanfarrão.

 

Era uma sexta-feira ensolarada, um dia feito sob medida para uma boa celebração. O clima? Descontraído, como se pede. Os amigos iam chegando, cumprimentando o aniversariante português, que com um sorriso de orelha a orelha, dava as boas vindas e já avisava sobre a pinga a todos que iam chegando. Ela descia macia e suave. Até achei que poderia servir de inspiração para Sean Connery, esboçar um cântico. 

 

Entre os presentes, uma verdadeira seleção de personagens: o Fanfarrão (que, vale notar, não explicou nadinha sobre a tal Picanha na Panela de Pressão); o Coronel do Pedal com suas intensas observações; Indiana Jones; o Consultor de Assuntos Financeiros; o Radialista, Sean Connery e o Rei do Gado que saboreavam com muita intensidade a tal pinga; o Conselheiro que também é um excelente observador; o  Senhor dos Pães; o Cara de Sono e até o Juiz. Novos personagens iam surgindo, como o Espião, com seus óculos de aviador, e o Discreto. 

 

Enquanto isso, a churrasqueira trabalhava firme, e o aroma das carnes invadia todo o ambiente, prometendo o que de melhor a vida (e a carne) pode oferecer. Mas as panelas, ah, essas guardavam a grande surpresa do dia. Conversas sobre amenidades iam e vinham até que, de repente, o anfitrião faz o anúncio: “As panelas estão na mesa!”. E o cheiro que subia delas? Ah, aquilo era pura poesia olfativa. Foi então que o português revelou seu trunfo: a mais divina rabada já saboreada por seus amigos! A tal ponto que, se Pesão — o saudoso dono daquele restaurante simples do posto de combustível, famoso pela rabada — pudesse sentir esse aroma, certamente teria dado umas cambalhotas na tumba.

 

E foi nesse momento, com todos de olho arregalado para a rabada recém-descoberta, que o Cara de Sono acordou! Serviu-se rapidamente seguido pelos demais, e logo o ambiente foi tomado por um silêncio ensurdecedor. O Conselheiro não resistiu e comentou: “Alguém mais ouve o barulho desse silêncio?”. Era um daqueles raros momentos em que até a respiração parecia suspensa, enquanto todos, em uníssono, davam suas primeiras garfadas, mergulhando num prazer gastronômico digno dos deuses.

 

Brincadeiras, piadas, risos – o ambiente estava cheio de alegria e descontração. O Juiz, num momento de generosidade, compartilhou um vinho branco... peculiar. O sabor? Bem, intrigante, com notas que remetiam a motores, máquinas e, talvez, um toque de querosene. Uma experiência, digamos, única.

 

E quando todos já estavam saciados, eis que surge a esposa do português com um delicioso bolo, nos pegando de surpresa. Foi a deixa para cantarmos o parabéns, desejando muitas felicidades ao nosso querido anfitrião.

 

Momentos preciosos, mágico e, sem dúvida, inesquecível. Um momento para ficar em nossas memórias.  Ao querido amigo Valentin, o nosso Português, nossos mais sinceros agradecimentos por sua amizade e à sua família, que nos acolheu nos proporcionando momentos preciosos. Que Deus conceda muitos e muitos anos de vida, derramando as mais ricas bênçãos sobre esse anfitrião que, com tanta alegria, nos recebeu de braços abertos.

 

 

WALTER FIGUEIREDO
Enviado por WALTER FIGUEIREDO em 14/09/2024
Reeditado em 14/09/2024
Código do texto: T8151716
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