BANAL

Francisco de Paula Melo Aguiar

A política para o filósofo Aristóteles (384a.C-322a.C), era a continuidade da ética.

Isto é ledo engano nos dias atuais, porque a ética da política atual tem outros valores e os significados denunciados todos os dias de um concorrente contra os outros concorrentes. são provas contundentes entre os envolvidos e concorrentes para abraçar a coisa pública que pertence a todos, porém, com o desejo de misturar o público com o privado, o que é uma lástima.

O pau que for podre que se quebre, assim a vida alheia passa a ser o prato do dia e de graça nos discursos dos concorrentes, segundo suas ideologias em trânsito de campanha política, porque o que tem de esquerdista e de direitista de plantão que muda de pensamento como se muda de agasalho o tempo todo com medo de frio, está nas nuvens da corrupção que se renova com o voto popular diante da ignorância do eleitor faminto.

Passado o pleito, em certos casos os concorrentes de hoje em conflitos, sentam na mesma mesa para o grande banquete sem desculpas aceitas ou indeferidas.

Todos sem exceção são farinha do mesmo saco, com raríssimas exceções.

É este o conceito de política do século XXI, portanto, isto é avética, onde o indivíduo não tem respeito por si próprio e não ouve nem o que dizem ou disseram contra ele próprio no palanque adversário, nas redes sociais, no horário eleitoral gratuito, nas entrevistas, nos debates, etc.

Por mais cinismo que se tenha na vida de um concorrente e vice-versa, não se diga que ser corrupto é ser ético.

O escritor português Fernando Pessoa, simplifica tudo isto, afirmando: "Não frequento visitas nem participo de sociedades, sejam de salas ou cafés. Engajar-me nelas significaria sacrificar minha integridade interior, ceder a conversas vazias e roubar tempo que deveria ser dedicado aos meus pensamentos, projetos e sonhos — esses, sempre mais grandiosos do que a banalidade alheia".

E assim a banalidade alheia na política não significa a continuidade da ética, uma vez que o toma lá dá cá, representa corrupção ao tirar vantagem em tudo ao transformar a política como ambiente de chantagem e corrupção do concorrente, versos seus concorrentes adversários, todos sem saberem o que dizem e acusam para vê o circo, pão e vinho, ser dado em troca de voto, assim como são os programas sociais do CadÚnico, pago mensalmente pelo governo federal de plantão, para amenizar a fome de seus participantes. Isto é a fábrica de cooptados e de alienados na hora de escolher em quem votar.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 04/09/2024
Reeditado em 04/09/2024
Código do texto: T8143795
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