Nem toda mulher...
Nem toda mulher...que não deseja se casar e ter filhos é feminista.
Assim como aquela que escolheu o caminho oposto, não deveria ser criticada por isso. Escolhas individuais.
Nem toda mulher que não publica suas fotos de biquini, de forma a exibir excessivamente seu corpo, é feia ou insegura...
Ela pode apenas não achar necessário fazer isso, ou ainda não se sentir confortável por motivos não estéticos.
Ela apenas entende que, o fato de não se exibir em excesso, não a torna menos atraente do que aquela que assim prefere fazê-lo. E quanto a quem o faz, está tudo bem. Mais uma vez: escolhas individuais.
Cada uma delas tem suas próprias razões.
A mulher que escolheu o lar por única profissão ou aquela que administra uma grande empresa. Suas histórias de vida, vocação e seus objetivos são diferentes. Mas cada uma delas tem seu próprio valor aonde escolheram ou precisam estar. Esse é o ponto: o direito de escolha. Sob o pretexto de intervir contra o machismo, surgiu o movimento feminista. Algumas conquistas importantes no início, sem dúvida. Mas o movimento foi se distorcendo e tem se tornado uma certa aberração, tão triste e assustadora quanto o monstro que atacam. Classificam quase toda manifestação de masculinidade como tóxica, mas curiosamente até repetem as mesmas atitudes antes criticadas. Rotularizações e generalizações.
Nem toda mulher... que faz questão de se cuidar com zelo, se arruma para outros homens ou outras mulheres. A inspiração desse texto surgiu ao me deparar com a opinião de uma psicóloga, que criticava duramente certos hábitos femininos, sob o pretexto de que isso seria feito apenas para se submeter aos caprichos masculinos. Ela não compreende que, talvez a maioria das mulheres, se cuida pelo simples fato de sentir-se bem assim. E não raramente, enfrentam preconceitos e o olhares duvidosos de outras mulheres, que não tem as mesmas escolhas, julgando-as por isso.
Cada mulher precisa apenas poder viver em paz suas escolhas, sem rótulos ou imposições.
A história revela o perigo de movimentos polarizados: generalizações e tentativas de manipulação em massa.
Fanatismos de toda ordem - políticos, religiosos ou comportamentais. São os extremos que dividem e adoecem a humanidade. Os mesmos extremos que provocam guerras de todas as proporções, há séculos, pelo mesmo motivo: disputa de egos.