NO SILÊNCIO DAS DORES LACRIMOSAS

Hoje como cristã que sou, não poderia deixar de me expressar em letras, mesmo que lacrimosas...

Bom dia!

Por MângelaCastro

(https://reflexaonoamanhecer.blogspot.com/2025/04/solidariedade-no-silencio-das-dores.html)

Hoje, o mundo dos cristãos amanheceu doloroso — perdido na desesperança.

Sem ao menos sentir o Sopro de Deus em nossos ouvidos frígidos:

“Ele vive!”

A roda do tempo continua a girar incessante, movida por ventos — ora serenos, ora tempestuosos. Lá se foram 2025 anos desde que Jesus, o Filho de Maria e José, esteve entre os seus. Missionário do amor, mal interpretado, perseguido, maltratado, injustiçado como tantos hoje ainda o são… Aclamado como Rei dos Judeus, foi preso, crucificado — e, em três dias, ressuscitou.

Homem entre homens, cumpriu sua missão da forma mais dolorosa e sublime da história humana. Perpetuou-se. E com sua trágica e mística jornada, desapegando-se das dores e das traições do mundo, entregou-nos também Maria — sua Mãe — como Mãe de todos nós.

Maria, Mãe das Dores.

Com ela, tantas outras mães seguem… E continuarão a seguir. Pois todos os dias, neste mundo que tanto ensina pelo sofrimento, há filhos que precedem suas mães no calvário da sepultura. Por diversas razões. Alguns caminham pela luz, outros se perdem nas sombras. Mas as mães… essas caminham lado a lado, indistintas de casta ou condição social, unidas por um mesmo coração ferido.

Uma mãe, mesmo compreendendo que a morte faz parte da vida, nunca quer entregar seu filho — nem mesmo a Deus. Quantas hoje, silenciosas ou em prantos, ainda choram no íntimo suas perdas… Mães que se amparam umas nas outras, tentando consolar-se mutuamente, enxugando lágrimas invisíveis, mas eternamente sentidas.

Hoje, Sábado Santo, dia em que Jesus repousa nas poeiras do tempo após seu calvário, também repousam tantos outros filhos e irmãos nossos.

Oferto, pois, todas as orações desta manhã silenciosa às mães que sofrem, às mães que amam, às mães que esperam… Que chorem, sim — pois as lágrimas são orações vertidas. Mas que sejam também curadas em suas almas por Aquele que venceu a morte. E por Ela, Maria, que permanece exaltada nos céus como refúgio de toda dor.

Amém.