🎨 No crepúsculo, a bailarina e o céu se rendem às cores de um sonho:
Um bordado de lilás, rosa pálido e dourado se derrama sobre o horizonte, enquanto nuvens, finas e etéreas, se mesclam, e deslizam como secretas pinceladas pelo ar. Num campo silencioso, flores silvestres se curvam, confidentes de antigos segredos, ao sussurro suave do vento. Carrega o cheiro da terra molhada e da vida que desponta. Lá, em meio à vastidão, uma árvore ancestral se impõe –seu tronco retorcido e seus ramos entrelaçados, um relicário de memórias e mistérios, onde a natureza desenha arabescos de um tempo esquecido. Perto dela, um lago se abre em espelho cristalino, refletindo o firmamento com a precisão de um verso bem escrito, onde o real e o imaginário se fundem, traçando ondas de uma poesia líquida.
No fulcro deste cenário encantado, surge a bailarina:
envolta num etéreo vestido de tule, seus passos são sussurros que marcam o compasso de um instante único, um ballet silencioso que esculpe na luz poente a própria emoção. Enquanto a arte divina, com olhar apaixonada, observa, e o destino se desenha na dança dos encontros fortuitos – um quadro vivo, onde cada estrela que se despede é um verso a mais na narrativa do universo. Assim, entre cores, sombras e brilhos, a crônica se faz eterna num sorriso estampado na tela do tempo, onde a arte e a vida se entrelaçam em um abraço que revela a verdade do sentir.