Onde morava a ternura, hoje é o castelo do amor
Fomos criados na companhia um do outro desde pequeninos.
Quem aviva a nossa memória são nossos pais. Não sabemos se tudo o que eles nos contam é verdade, mas se não acreditarmos neles em quem poderemos confiar. Esse mundo está tão conturbado que temos que apegarmos com mais força a nossa família.
Me chamo Gustavo e minha namorada é a Viviane.
Encontrei-a depois de quatorze anos de separação.
Como falei no começo ela apareceu para mim ainda bebê de colo. As fotos que dizem que tiramos juntos quando eu tinha dois anos se perderam no tempo. Brincamos em parceria o jogo da amarelinha, o esconde-esconde e outras brincadeiras que acompanharam nossa flor dos anos. Nossa infância foi linda, até que com cinco anos ela foi com sua família para bem longe de mim.
Nos encontramos quando eu deixei de ser imberbe e ela passou a ter uma formosura própria das jovens que se amam e também ao próximo. Começamos a namorar e a nos amar.
Sua mãe me falou que no jogo da amarelinha, Viviane sonhava em me encontrar na última casa, o céu. Eu confesso que no esconde-esconde sempre imaginava nós dois sozinhos, longe de tudo e de todos para crescermos unidos sem ninguém para nos atrapalhar.
Onde há fé, há amor. Onde há amor, há paz. Onde há paz, há Deus. Onde há Deus, nada falta.
Ontem era ternura, hoje o que sentimos é amor.
Aroldo Arão de Medeiros
16/11/2007