Recomeçar.
Tudo de novo nas velhas embalagens não recicláveis, mais uma nova ideia de recomeçar. Trazendo nas mãos algumas marcas de dias atrás, sem querer, as deixamos como amostra. Talvez para dizer que realmente vivemos aqueles dias, talvez só por distração.
Hoje é vida nova, dia um. Vamos recomeçar a contagem. Com a ajuda de alguém, possivelmente vamos alcançar sucesso. Basta sermos acertivos na escolha do trajeto e da companhia.
Uma pena para quem não vai ter escolhas, afinal, não temos o deleite da justiça ao nosso lado. Na verdade, percorremos um caminho contrário, sem nenhuma esperança de encontro. Mesmo assim, é válido seguir; temos essa e somente essa escolha. Seguir!
Com todos os intervalos inevitáveis, temos que segurar as lágrimas e engolir seco. Pois é certo que não se tem ombros de apoio, nem lenços disponíveis para secar o pranto.
É dia um e nada disso é realmente certeza; só tenho uma imaginação fértil. Pode ser apenas uma intervenção de um tempo que nem é meu. Bem! Isso é necessário hoje, não por ser dia um, mas pelo fato de que abrimos os olhos numa nova expectativa.
Observados pelos espelhos, emoldurados pelas memórias dos nossos últimos anseios. Estes são frágeis, literalmente frágeis, deixados sem cautela em paredes inacabadas.
Sim! Temos algumas coisas interminadas aqui e já temos outras tantas em propósitos intocáveis. Só que todas elas são coisas que se dissolvem dia após dia.
E hoje é apenas o dia um de trezentos e sessenta e cinco intermináveis outros. Queremos muito vencer todas as horas, minutos e segundos dessa injusta batalha. Por nós, por outros e principalmente pela afirmação necessária.
Pra isso quero compartilhar da minha ideia de vencer. Vença os espelhos, ganhe do medo, derrote a inércia, seja forte ao ponto de suplantar a fraqueza. Para que prevaleça a ideia de possível, triunfe a demagogia da conquista.
Em todos os dias e noites, esqueça a frieza dos números e persiga a intranquilidade da rotina da superação.