Fascínio de Cientista
Ah, o Fascínio. Fascínio de Cientista para ser mais exato. Lembro-me da primeira vez que senti isso.
Um rapaz, fluminense perdido tem terras mineiras, sério, bravo e recatado, além de rusticamente bonito. Não falava com ninguém, ninguém sabia o nome dele, ninguém sabia, até então, de onde era.
Sobre o início, uma discussão sobre livro. Fiquei fascinado. Há pessoas que dizem que era paixão, mas não acho que se encaixaria tão bem: era o Fascínio de Cientista.
O que seria isso? Algo próximo de um biólogo encontrando uma nova espécie. O biólogo quer dissecar, catalogar, entender ou até ter um em casa.
No meu caso, queria dissecar a alma e as roupas daquele rapaz. Queria catalogar na minha curta enciclopédia de pessoas, queria entender (daí vem um problema) o rapaz, e queria até ter em casa.
Entretanto, não deu certo. Engajei em outro relacionamento, e só a partir daí passei a entende-lo.
Sigiloso, talvez incel, e com algumas opiniões terríveis.
As vezes o biólogo descobre uma praga, o astrônomo um asteroide prestes a colidir com a Terra, o matemático uma conjectura que não pode ser provada.