Fascínio de Cientista

Ah, o Fascínio. Fascínio de Cientista para ser mais exato. Lembro-me da primeira vez que senti isso.

Um rapaz, fluminense perdido tem terras mineiras, sério, bravo e recatado, além de rusticamente bonito. Não falava com ninguém, ninguém sabia o nome dele, ninguém sabia, até então, de onde era.

Sobre o início, uma discussão sobre livro. Fiquei fascinado. Há pessoas que dizem que era paixão, mas não acho que se encaixaria tão bem: era o Fascínio de Cientista.

O que seria isso? Algo próximo de um biólogo encontrando uma nova espécie. O biólogo quer dissecar, catalogar, entender ou até ter um em casa.

No meu caso, queria dissecar a alma e as roupas daquele rapaz. Queria catalogar na minha curta enciclopédia de pessoas, queria entender (daí vem um problema) o rapaz, e queria até ter em casa.

Entretanto, não deu certo. Engajei em outro relacionamento, e só a partir daí passei a entende-lo.

Sigiloso, talvez incel, e com algumas opiniões terríveis.

As vezes o biólogo descobre uma praga, o astrônomo um asteroide prestes a colidir com a Terra, o matemático uma conjectura que não pode ser provada.

Otacílio de Almeida
Enviado por Otacílio de Almeida em 21/11/2024
Código do texto: T8202288
Classificação de conteúdo: seguro