O poeta sem inspiração
Viu ela parada inerte no papel amasso, sem nenhuma inspiração zero de conexão. Levantou-se sentou na cadeira de balanço que ficava na varanda e adormeceu. Percorria pelos campos de calça curta e descalço, bebia água na biquinha fazendo conchinhas com as duas mãos, cansado sentou debaixo do pé de mexerica apanha e começa descascar uma, duas e ouve alguém dizer “Menino seja bem vindo”. Olha para cima e na última galha esta o canarinho de peito amarelo, pensa: “Será que foi ele que falou comigo”? Ouviu um latido conhecido, limpou seus olhos pois a imagem era ofuscada, uma senhora enfornando pão, no piquete um cavalo relinchava pedindo milho e não era estranho o tratador. Nesse mundo de fantasia desconfia que está sonhando abre os olhos reconhece o ambiente onde está, dá um suspiro sorri ao ver a velha escrivaninha repleta de papéis rabiscados, agora podia voltar a escrever suas crônicas, contos, e poesia afinal a inspiração tinha voltado.